28 de julho de 2016 - 07:11 POLÍTICA

Temer diz que não subirá em palanques nas Eleições 2016

Presidente interino quer que siglas aliadas se entendam para derrotar candidato da oposição

Michel Temer pretende se manter neutro no 1º turno das eleições Beto Barata/27.07.2016/PR

O presidente em exercício Michel Temer reforçou a lideranças do DEM, durante jantar no Palácio do Jaburu na noite desta quarta-feira (27), que não subirá em palanques na campanha das Eleições Municipais de 2016, para evitar problemas e rachas entre candidatos de partidos da base aliada.

Segundo relatos de participantes do encontro, o peemedebista disse que pretende se manter neutro, pelo menos no primeiro turno.

Participaram do jantar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro da Educação e deputado licenciado, Mendonça Filho (DEM-PE), o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, o líder do partido na Câmara, Pauderney Avelino, e o secretário do Programa de Parcerias e Investimentos do governo Temer, Moreira Franco (PMDB).

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Apesar de não querer participar diretamente da campanha, Temer vem atuando nos bastidores na construção de alianças de candidatos a prefeitos das grandes cidades. A ideia do presidente em exercício é fazer um mapeamento dos candidatos para que os partidos da base aliada elejam o maior número de prefeitos e vereadores possível.

No primeiro turno do pleito, a orientação "é de cada um por si". No segundo turno, porém, Temer quer que os partidos da base aliada se entendam em torno de um nome para derrotar o candidato da oposição.

"Caso os dois sejam aliados do governo, paciência, quem ganhar, ganhou", disse uma fonte. Os candidatos eleitos serão importantes para apoiar uma eventual candidatura do peemedebista à Presidência da República em 2018.

A maior preocupação e o principal foco do Planalto é com a eleição em São Paulo. Além de ser o mais importante colégio eleitoral do País, Temer considera que é fundamental derrotar o prefeito Fernando Haddad, do PT, partido da presidente afastada Dilma Rousseff.

"De qualquer jeito o PT tem que ser derrotado", afirmou um interlocutor do presidente interino.