Além de buscar mais um título continental, o técnico Carlos Alberto Parreira usou a Copa América do Peru como o início de um planejamento que se estende até o Mundial de 2010.

O fato de ter chamado novos valores do Brasil, segundo ele, garante à Seleção a formação de uma boa base para o futuro. "Temos que aprender a enxergar um pouco além de um palmo do nariz. O que esse time mexicano, por exemplo, fez para 2006 ?. É claro que resultado é importante, mas as observações que nós fizemos aqui foram muito boas", destacou o treinador.

Carlos Alberto Parreira ressaltou que os jogadores presentes no Peru poderão ser muito bem utilizados no Mundial da Alemanha, em 2006, e até na edição seguinte, que acontecerá na África do Sul. "Não temos a obrigatoriedade de convocar nenhum deles para as eliminatórias, mas estes jogadores que estão aqui já estão muito mais próximos de uma convocação do que quem não veio. Esse é o grande barato", acrescentou o técnico.

Nessa fase laboratorial, Carlos Alberto Parreira utilizou 19 dos 22 atletas convocados.

Apenas o goleiro Fábio, o zagueiro Bordon e o lateral-esquerdo Adriano não tiveram uma chance sequer. Com as boas atuações do titular Júlio César e devido à particularidade da posição, Fábio sempre ficou no banco de reservas.

Bordon, por sua vez, seria aproveitado na última rodada da primeira fase, diante do Paraguai, mas perdeu a chance por sofrer uma contratura muscular.

Por fim, o lateral Adriano, convocado às pressas para o lugar de Gilberto, foi observado apenas em treinos. "Já avisei a todos que não precisam sair daqui com o sentimento de que perderam tempo. Todos vão embora com um saldo muito positivo", completou Carlos Alberto Parreira.

Hoje, um dia após a conquista da vaga para a final, os titulares da Seleção apenas correram ao redor do gramado no estádio do Alianza Lima, enquanto o restante do elenco realizava um recreativo.