Policiais civis das Delegacias subordinadas a Regional de Fátima do Sul, incluindo Vicentina, Jateí, Glória de Dourados e Deodápolis, aderiram ao movimento e paralisaram as atividades nesta quinta-feira por 24 horas como forma de protesto contra a falta de valorização da classe que há quase dois anos está sem reajuste salarial e sofre com as péssimas condições de trabalho.

O objetivo da paralisação é chamar a atenção do governo estadual para as negociações do reajuste de salários da categoria. O governo propõe abono salarial de R$ 200, mas a categoria pede reajuste de 20,2%, percentual referente ao ganho real, segundo o sindicato, e não considera a inflação dos últimos dois anos. Durante o protesto, apenas os serviços de atendimento de flagrantes, casos de homicídios e recolhimento de cadáveres serão mantidos durante a paralisação.

Na carceragem da Delegacia de Polícia de Fátima do Sul, que tem capacidade para 24 presos, está abrigando 47 presos, entre homens e mulheres. Do total 17 cumprem pena em regime fechado, 19 no semiaberto (sendo 5 mulheres) e outros 9 em regime aberto.  

Os registros de boletins de ocorrência estão suspensos nas delegacias e também na internet, assim como a emissão de atestados, transporte de presos, perícias e oitivas. Os policiais também vão suspender os serviços administrativos e atividades de investigação.

Segundo o sindicato da categoria, a paralisação também atinge os servidores dos Institutos de Medicina Legal (IML) do estado até ás 8h de sexta-feira (6), quando o movimento deve ser encerado.

Esta é a segunda paralisação da categoria em 2016. Mato Grosso do Sul tem atualmente 2,5 mil policiais civis. A primeira foi no dia 1º de abril, quando a adesão chegou a atingir 100% dos servidores da Polícia Civil do estado. Ainda conforme a categoria, com o reajuste pedido o salário inicial da categoria passaria de R$ 3.668 para R$ 4.409.