22 de julho de 2004 - 11:03

Um em cada três CDs é pirata, afirmam gravadoras

No ano passado, foram vendidos 1 bilhão de CDs de música pirateados, que renderam à indústria da pirataria cerca de US$ 4,5 bilhões, revela um estudo divulgado nesta quinta-feira. Essa quantia representa 15% do mercado mundial de discos.

A pesquisa, patrocinada pela IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica, entidade que representa as gravadoras do mundo inteiro), afirma ainda que a cada três discos comprados, um é pirata.

As gravadoras --que dizem estar deixando de ganhar muito dinheiro por causa da troca de músicas pela internet, que reduziu a venda dos álbuns-- precisam combater a pirataria principalmente na América Latina, Leste Europeu e Sudeste Asiático, onde há grandes fábricas de CDs piratas.

Brasil

Em termos de unidade, a pirataria cresceu 4% entre 2002 e 2003. De 2002 para 2001, porém, a venda de cópias ilegais de discos registrou um aumento bem maior, de 14%.

De acordo com a IFPI, os países onde o problema da pirataria é maior são Brasil, China, Taiwan, Ucrânia, Tailândia, México, Paraguai e o Paquistão --que aparece pela primeira vez na lista. Rússia e Espanha também fazem parte da lista.

"Países como o Brasil, México e Rússia, que são grandes mercados e onde o acesso à internet em alta velocidade ainda é baixo, são os maiores compradores de CDs piratas", disse Jay Berman, presidente da IFPI.

No Brasil, a quantia de discos piratas cresceu 9% em relação ao ano de 2003, enquanto o mercado de CDs originais despencou 25%, diz o estudo.