Um dos mortos em chacina que ocorreu na tarde de segunda-feira (19), na cidade de Paranhos, já havia sido preso, no ano de 2010, quando, segundo a polícia, foi flagrado com malote de dinheiro o qual confessou que era proveniente da venda de haxixe e tentou subornar autoridade policial para escapar do crime.

Rodrigo da Silva, 28 anos, foi detido em abordagem policial e estava com R$ 9,6 mil sem origem comprovada. Levado à delegacia, ele confessou que se referiam a venda antecipada de 10 quilos de haxixe e que o dinheiro havia sido pego no estado de Minas Gerais. Na ocasião, ainda tentou subornar o delegado da época.

Além dele, morreram na chacina Bruno Vieira de Oliveira, 26 anos, Denis Gustavo Gonçalves, 23, Arnaldo Andres Alderete Peralta, de 32 - único de nacionalidade paraguaia, e Mohamed Youssef Neto, 31. Todos eram amigos. Este último, inclusive, natural de Ituiutaba, no estado onde Rodrigo havia pegado o dinheiro para pagar a droga.

O grupo foi fuzilado por homens que ocupavam duas caminhonetes, em frente de uma padaria e lanchonete, localizada na Rua Marechal Dutra, no Centro do município, que fica na fronteira com o Paraguai.

Outros dois homens, identificados como Anderson Cristiano Betoni, 27 anos, e Diego Zacaria Alderete Peralta, 26 (irmão de Arnaldo), também foram baleados e permanecem internados.

De acordo com o delegado que preside o inquérito de investigação, Fabrício Dias, ainda não há suspeita de autoria no crime, nem motivação. “Há apenas rumores. Tivemos informação de uma briga que teriam se envolvido, no lado paraguaio. Também temos suspeita de relação com o tráfico de drogas, mas nada confirmado”, pontuou.

Pelo menos 10 pessoas do convívio das vítimas prestaram depoimentos à policial, segundo Fabrício. Exceto Rodrigo, as demais vítimas não tinham histórico na polícia por envolvimento em crimes.

SEPULTAMENTOS

O sepultamento de Bruno, Rodrigo e Denis estava marcado para acontecer na manhã de hoje (21), no cemitério municipal de Paranhos. O corpo de Mohamed foi transladado para Minas Gerais e de Arnaldo ao país vizinho.

Segundo o delegado, a demora para liberação dos corpos, já que as mortes ocorreram há dois dias, se deve a exames que foram necessários no Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Porã, cidade próxima.