Uol | 25 de setembro de 2015 - 15:30 RESULTADO DO ENEM

Enem: só o número de acertos não gera nota. Entenda (e ganhe mais pontos)

Imagine que você e seu amigo acertem a mesma quantidade de questões na prova do Enem desse ano. Conclusão: vocês terão a mesma nota, certo? Errado!

Isso porque o Enem é corrigido segundo os parâmetros da TRI: a Teoria da Resposta ao Item. Basicamente, a TRI funciona como uma “régua” que, no caso do Enem, permite medir o grau de conhecimento (proficiência) de uma pessoa sobre os assuntos abordados na prova.

E como isso funciona? Em cada questão (que é chamada de “item”), são analisados três parâmetros: grau de dificuldade, discriminação e o acerto casual (o famoso “chute”). Assim, cada questão possui um grau de dificuldade diferente (que é definido previamente por meio de um pré-teste), um conhecimento mínimo suficiente para resolver a questão (discriminação) e uma probabilidade de se acertar essa questão ao acaso.

Dos três parâmetros, o que mais chama a atenção dos alunos é o último: “como a TRI sabe se eu chutei a questão?” Imagine o seguinte: suponha que em uma questão da prova a pergunta seja “Quanto vale 2×3?” e você responde “12 !”. Claramente você errou. Agora, numa outra questão da prova, a pergunta é “Quanto vale a área de um retângulo cujos lados medem 2 cm e 3 cm?” e você responde “6 cm2”. Agora, você acertou. Mas, como você pôde acertar a área de um retângulo, onde precisava saber o valor de 2 x 3, e errar a pergunta sobre o valor de 2×3? A probabilidade disso ocorrer é muito baixa; logo, a probabilidade de você ter acertado a questão da área ao acaso é muito alta.

Então, como se sair bem no Enem, conhecendo a TRI? O segredo é: seja coerente. Não adianta você acertar as questões difíceis e errar as questões mais fáceis. As questões difíceis só valem bastantes pontos desde que você acerte também as outras mais fáceis! Então, comece a prova pelas questões fáceis para, em seguida, pensar nas questões medianas, até atingir as questões mais difíceis da prova.