Capital News | 23 de julho de 2015 - 18:00 CORUMBÁ

Confirmado primeiro caso de febre Chikungunya em Corumbá

As autoridades de saúde do município pedem a colaboração de toda população para o trabalho de contingência do foco do mosquito Aedes Aegypt, logo após a Secretária Estadual de Saúde ter confirmado nesta quarta-feira (22), o primeiro caso de Febre Chikungunya em Corumbá. O paciente do sexo masculino morador da região central da cidade, tem 47 anos e acredita-se que a contaminação tenha sido efetiva durante uma viagem realizada por ele a Bolívia.

O caso foi descoberto após o paciente ter procurado atendimento médico na rede pública de saúde no último dia 13 de junho, com sintomas indicativos da doença. Foi realizado então a coleta do material biológico e enviado para análise clínica e a contaminação confirmada pela Secretária Estadual e divulgada nesta quarta-feira.


 exemplo do que ocorreu com o primeiro caso da doença diagnosticado em Campo Grande, as autoridades destacam que provavelmente a contaminação não tenha ocorrido dentro do estado sendo considerado até então como caso importado da doença, ou seja, quando o indivíduo teria contraído a Febre Chikungunya durante viagem a alguma outra região. O boletim emitido pela SES, lembra que Corumbá é uma cidade que faz divisa com a Bolívia, local onde já foi identificado a grande incidência da circulação do vírus.

O homem infectado teve quadro de fortes edemas (inchaços) nas articulações, o que, segundo relatos dele próprio, o impediam de se locomover durante alguns dias. Além disso, a pessoa contaminada pelo vírus manifesta febre de início súbito maior que 38,5°C.
Equipes da Secretaria de Saúde de Corumbá estiveram na residência do infectado na tarde desta quarta-feira, quando realizaram o que denominam consulta domiciliar a fim de averiguar rotina dos moradores, condições de habitabilidade e informações que possam ajudar na ação de avanço da doença que tem como vetor o mosquito Aedes Aegypti.

Kleverton Velasques

 

Nessa visita, foi detectado sintomas semelhantes na esposa do infectado. A mulher será submetida também à coleta de material biológico para exame clínico. Além do casal, mais três pessoas vivem na residência e elas apresentaram sintomas compatíveis com a Chicungunya em momento anterior à infecção do caso registrado em Corumbá.


Outro dado levantado pela equipe é o constante deslocamento do infectado para as cidades bolivianas da fronteira. Ele confirmou ainda que, antes de sentir os sintomas da doença, viajou para a cidade de Santa Cruz de La Sierra.


Numa reunião realizada entre a Vigilância Epidemiológica e Núcleo de Atenção Básica de Corumbá, definiu-se a aplicação do Plano de Contingência para Introdução do Vírus Chicungunya que inclui,entre diversas ações, a emissão de alerta para os municípios vizinhos, incluindo os da Bolívia, através do Comitê Binacional de Saúde.


Além disso, nesta quinta-feira, 23 de julho, as ações de combate ao vetor Aedes Aegypti serão reforçadas com o bloqueio manual (retirada de focos) e bloqueio químico (uso do fumacê) em quadrante que abrange a região onde está localizada a residência do homem com caso confirmado da doença.


Todos precisam ajudar


A Secretaria de Saúde reforça a necessidade de colaboração da população para evitar a propagação do mosquito vetor da doença. Apesar de Corumbá ter diminuído o índice de infestação, há regiões da cidade onde ele permanece alto.

Kleverton Velasques

dos do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti) que correspondem ao 4º Ciclo 2015, entre os dias 29 de junho e 01 de julho, apontam um índice de infestação predial total do município em 1, 44%. O percentual, de acordo com o Ministério da Saúde, é considerado de alerta e segue nessa classificação até a escala de 3,9%. Os bairros que se encontram em situação de risco, segundo essa classificação são: Generoso, com 5%; Nova Corumbá, 4,72%; Nossa Senhora de Fátima, 4,55%; e Cristo Redentor, com 3,95%.

As orientações para a prevenção da doença são as mesmas utilizadas para a dengue que possui também o Aedes Aegypti como vetor: Descarte todos os objetos não utilizados que estiverem expostos às chuvas e podem acumular água: pneus, latas, garrafas, baldes, etc; tampe os tonéis e depósitos de água e troque diariamente a água dos bebedouros dos animais; coloque terra ou areia nos vasinhos de plantas, ou lugares que acumulem água; coloque o lixo em sacos plásticos, e mantenha a lixeira completamente tampada; tampe bem os recipientes que utiliza para acondicionar água: garrafões, jarras, taques, etc; troque a água das plantas a cada três dias. (Com informações Ascom PMC)