Correio do Estado | 15 de maio de 2015 - 08:01 Ribas do Rio Pardo

Em Ribas do Rio Pardo, vereador renuncia para não ser cassado

O vereador de Ribas do Rio Pardo, Diony Erick de Souza Lima, renunciou ao cargo na noite de quinta-feira (14), antes do início da sessão de julgamento que poderia cassar seu mandato na Câmara Municipal.
 
A carta de renúncia foi entregue ao procurador jurídico da Câmara e lida pela vereadora presidente da Comissão Processante que apura esquema de corrupção, Sônia Passos.
 
Segundo o site Rio Pardo News, na carta o vereador alegou que o motivo da renúncia era para que ele possa exercer sua defesa de maneira tranquila e transparente.
 
Com a renúncia, o vereador suplente Adão de Souza Pluma, conhecido como Adão da Mandioca, assume o cargo do parlamentar.
 
PROCESSANTE
 
A Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo aceitou, por unanimidade, todas as denúncias contras oito vereadores afastados depois de operação que apurou o esquema de corrupção conhecido como "farra das diárias" e criou Comissão Processante para julgar os acusados.
 
A denúncia de processo, que poderá resultar na cassação dos oito vereadores, consta o pedido de providências referentes às irregularidades na contratação de empresas e no pagamento de diárias a vereadores e funcionários do Legislativo Municipal. Em todos os casos, apresentados de forma individual, a decisão pela criação da Comissão Processante foi unânime.
 
Com a renúncia de Lima, os vereadores que podem perder o mandato são: Adalberto Alexandre Domingues; Antonino Ângelo da Silva; Claudio Roberto Siqueira Lins; Celia Regina Rodrigues Ribeiro; Fabiano Duarte da Silva; Justino Machado Nogueira e Lucineide Marques Nossa. 
 
O CASO
 
Conforme o Ministério Público Estadual, levantamento realizado de janeiro a setembro de 2014 apontou que o Legislativo de Ribas do Rio Pardo teria consumido cerca de R$ 523,4 mil de recursos públicos com o pagamento de diárias, que chegariam ao valor de R$ 750 para cada dia de deslocamento dentro do Estado, e R$ 1,5 mil para cada dia de viagem fora do Estado.
 
A acusação é de que alguns deles chegavam a ganhar até R$ 8 mil por mês com dinheiro de viagens não realizadas.