21 de julho de 2004 - 15:07

Campanha de desarmamento deve ampliar meta, diz delegado

A meta da campanha de desarmamento da população, iniciada na quinta-feira da semana passada, de recolher 80 mil armas até o final do ano, poderá ser ampliada. Segundo o delegado Fernando Segóvia, chefe do Serviço Nacional de Armas da Polícia Federal, uma portaria está sendo elaborada para expandir a rede de recebimento de armas que poderá envolver também o Exército e as Polícias Civis e Militares como órgãos receptores.

Essa portaria, segundo Segóvia, trata de um tema difícil, que é o credenciamento de órgãos públicos e de locais para o recebimento das armas. “Como é uma questão sensível e que envolve a entrega de armas da população para fins de destruição, essa portaria ainda continua na assessoria jurídica da Polícia Federal para estudar como será feita essa expansão”, disse ele, ressaltando que a expectativa da PF é de que, em um menor prazo possível, ela possa ser assinada pelo diretor-geral do Departamento de Polícia Federal, Paulo Lacerda.

Sobre o aumento da reserva de R$ 10 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública destinada ao custeio das indenizações pela devolução das armas, o delegado Segovia assinalou que a PF já tinha, desde o início da campanha, o compromisso do governo e do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de que, no momento em que houvesse necessidade de mais verbas para o programa, haveria a complementação orçamentária.

Os últimos dados do número de armas recolhidas contabilizados pela PF são de segunda-feira (19) e mostram um total de 2.200 armas entregues, a maioria revólver. O Rio Grande do Sul lidera a campanha de desarmamento com 378 armas recolhidas. São Paulo é o segundo colocado com 250, e o Rio de Janeiro vem em terceiro, com 245. “Ontem houve uma grande entrega de armas e hoje está havendo uma corrida em todos os postos da PF e vai se ter um acréscimo nesses números”, disse Segóvia.
 
Agência Brasil