30 de junho de 2004 - 15:22

Oficinas barateiam custo do kit e aumentam a poluição

Algumas empresas que prestam serviços para a conversão de carros a gás natural podem estar substituindo peças importantes para evitar a poluição do meio ambiente com a finalidade de baratear custos. Pelo menos é o que revela o vendedor da Loja Grahan Bell Gás, Edimir Pereira Melo. De acordo com ele, muitas vezes o condutor prefere pagar um valor menor pelo kit gás e, nesse caso, nem ficam sabendo que o índice de poluição emitida pelo equipamento é muito maior.

Ele explica que em alguns casos, os estabelecimentos trocam peças como emuladores e simuladores de sonda por uma peça chamada relé. “Essas duas peças custam em média R$ 150, enquanto o relé, apenas R$ 10. No entanto, o sistema para filtragem do gás acaba desregulado, aumentando a poluição”, afirma Edmir, explicando ainda que existem no mercado produtos que variam entre R$ 1,6 mil e R$ 3,6 mil.

Entre os equipamentos do kit, o redutor é a peça chave para o controle da emissão de gases e é um dos que deve apresentar certificado de qualidade do Inmetro e do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) a partir de amanhã. De acordo com ele, a empresa em que trabalha presta serviços por um preço um pouco maior porque recentemente realizou a troca dos equipamentos por conta da qualidade.

“As pessoas que nos procuram, normalmente perguntam sobre o índice de poluição. Parece que o pessoal está realmente preocupado com a qualidade do ar que respiram”, enfatizou. Em Campo Grande existem hoje cerca de 12 empresas que prestam o serviço de conversão dos veículos, sendo que até o mês de abril a frota de veículos convertidos era de 1.429 carros.