Mídia Max | 26 de novembro de 2014 - 07:39 violência doméstica

Enfermeiro tenta enforcar companheira e foge levando todo o salário dela na Capital

Os casos de violência doméstica tiveram aumento significativo

Os casos de violência doméstica tiveram aumento significativo nos últimos anos em Mato Grosso do Sul. De janeiro até agora a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) registrou 5.296 casos em Campo Grande. 

Mais um caso foi registrado na noite desta segunda-feira (24), por volta das 22h30, no Bairro Paulo Coelho Machado. Uma mulher de 30 anos foi agredida pelo companheiro depois de uma discussão do casal. 

O enfermeiro A.M.S.P. depois de brigar com a companheira tentou enforcá-la e jogá-la do apartamento em que moram. A vítima foi muito agredida e só conseguiu escapar depois que os moradores a salvaram. 

O autor depois de praticar as agressões fugiu levando todo o salário da vítima. Ela foi socorrida e encaminhada para a Santa Casa. Na manhã desta terça-feira (25), a vítima foi ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para realizar o exame de corpo de delito. 

De acordo com a delegada do Deam, Rosely Molina, a demanda da delegacia tem sido muito grande nos últimos anos em virtude do número de casos de violência contra a mulher. A delegada explicou que cada caso tem de ser apurado para saber quais as medidas e a punição que serão aplicadas. 

Rosely Molina disse que muitas mulheres demoram ainda para registrar a violência por vários motivos e um fator que conta muito é a questão socioeconômica e cultural. A delegada garante que a delegacia está preparada para atender essas mulheres e dar toda a assistência necessária. 

No caso específico do enfermeiro, a delegada disse que o primeiro passo é instaurar o inquérito para apurar as circunstâncias. Molina disse que quando a vítima solicita a medida protetiva, a petição sai em caráter de urgência e a prisão do autor é requerida. 

A delegada disse que existe o setor psicossocial para auxiliar as vítimas de violência. “Aqui temos trabalhado bastante para ajudar as vítimas de violência e a delegacia está preparada para dar toda a assistência que ela necessite”, afirma. 

Molina disse que cada caso tem de ser avaliado para saber em qual crime o autor se enquadra e qual a punição. No caso citado, ele pode ser enquadrado no crime de ameaça, furto, apropriação indébita e lesão corporal dolosa (violência doméstica). 

A delegada disse que existe um projeto que está em estudo em Mato Grosso do Sul para implantar o Botão do Pânico, que é um dispositivo de segurança preventiva. O aparelho serve para fiscalizar as vítimas de violência doméstica.