O dólar comercial fechou em queda de 0,57%, a R$ 2,416 na venda nesta sexta-feira (26), depois de ter registrado a maior alta em dez meses na véspera e fechado a R$ 2,43.

Apesar da queda no dia, o dólar ainda fechou a quarta semana seguida de ganhos, com alta de 1,82%, e está subindo 7,91% no mês até agora. No ano, a moeda acumula valorização de 2,48%.

A expectativa dos investidores brasileiros estava concentrada na divulgação de novas pesquisas eleitorais.

"Agora que estamos chegando ao primeiro turno (das eleições presidenciais), qualquer boato eleitoral acaba mexendo com o mercado", afirmou o chefe da tesouraria de uma gestora de recursos internacional à agência de notícias Reuters.

Além disso, alguns exportadores aproveitaram a alta recente da moeda para vender dólares e embolsar os lucros. Com oferta maior no mercado, o preço da cotação tende a cair.

O Banco Central vendeu todos os contratos em um leilão de swap cambial (equivalente à venda de dólares no futuro), que faz parte de seu programa de intervenções no mercado; além disso, realizou um leilão extra para rolar contratos que vencem em outubro.

No leilão diário, foram vendidos 4.000 contratos: 2.500 com vencimento em 1º de junho de 2015, e outros 1.500 com vencimento em 1º de setembro do ano que vem. A operação movimentou o equivalente a US$ 197,9 milhões.

No leilão de rolagem, foram vendidos 9.250 contratos para 3 de agosto de 2015 e 5.750 para 1º de outubro de 2015, com volume correspondente a US$ 739,8 milhões.

Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 5,773 bilhões, ou cerca de 86% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 6,677 bilhões.

O Banco Central deve prosseguir com a oferta de contratos de dólar em leilões para rolar os que estão com vencimento próximo, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto, que falou à agência de notícias Reuters.

Se agora em setembro estão sendo rolados os contratos que venceriam em 1º de outubro, no mês que vem o BC deve tentar estender o vencimento de todos os contratos que vencem em 1º de novembro.

A alta recente do dólar levanta preocupações com a inflação, já que os produtos importados acabam ficando mais caros.

(Com Reuters e Valor)