Uma mulher teve 60% do corpo queimado durante uma discussão com o companheiro na noite de segunda-feira (15) no bairro Padre Eustáquio, região noroeste de Belo Horizonte. Entretanto, as circunstâncias da situação ainda são um mistério.  

Segundo relatos da vítima, já no Hospital de Pronto-Socorro João 23, ela teria discutido com o companheiro porque este não aceitava que ela trabalhasse e, em determinado momento, ele teria ateado fogo em seu corpo. A mulher relatou ainda que vive com este homem há aproximadamente três meses e esta teria sido a primeira discussão do casal.  

No entanto, o companheiro deu uma outra versão. Ele disse aos militares que a mulher teria feito uso de bebida alcoólica e, por isso, eles brigaram. Algum tempo depois, ela teria ido até o portão conversar com uma mulher de índole duvidosa e ele foi buscá-la. Neste momento, eles discutiram novamente e a vítima teria dito que gostaria de morrer porque não aguentava o fato de não poder fazer nada.  

Após dizer isso, a mulher teria virado um vidro de álcool no corpo e o líquido também teria molhado o chinelo do marido. Ele então teria pisado acidentalmente em um fogareiro aceso e o fogo se alastrou pelo calçado. Na tentativa de apagar o fogo, as chamas atingiram o corpo da companheira que saiu correndo pela rua e foi socorrida por populares.  

A mesma versão foi confirmada por um vizinho do casal, que disse ter ouvido uma discussão e visto a mulher conversando no portão. Ele também afirmou que ela tinha bebido e, em seguida, disse que viu seu corpo em chamas.   

A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros com queimaduras de 2º e 3º graus em 60% do corpo. Ela foi medicada com morfina e permanece internada no Hospital João 23. Já seu companheiro foi encaminhado à Delegacia de Plantão de Atendimento à Mulher para prestar esclarecimentos.