Por volta das 20 horas deste sábado (06), Thiago Ortiz Machado, 14, foi assassinado com um tiro na cabeça por Celso Savala, 50 anos, na Aldeia Bororó. A polícia civil foi acionada para prender o acusado que faz parte de uma milícia constituída por indígenas para manter a segurança da aldeia.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima e o irmão andavam pela aldeia, onde próximo a uma escola foram abordados pelos milicianos, que tentaram revistar os irmãos. A vítima se negou ser revistado e, segundo o acusado, pegou uma corrente e tentou agredi-lo.

De forma violenta e autoritária, os ‘seguranças’ fazem revista, blitz e agridem aqueles que não obedecem às leis da Bororó, ditadas pelos próprios justiceiros. Trajando colete de segurança, cassetete e armas, eles se defendem afirmando que apenas fazem o trabalho que é dever da Força Nacional.

A polícia civil foi ao local acompanhada de quatro viaturas da Força Nacional e tomou diversas medidas preventivas para conter a população que ficou extremamente revoltada pela insegurança causada pela falta de apoio policial.

Líderes indígenas disseram que “se a Força Nacional fizesse um trabalho de conscientização e preventivo, talvez isso não tivesse acontecido”. Celso Savala foi levado à DP e autuado em flagrante por homicídio.