Diário Corumbaense | 4 de setembro de 2014 - 18:05 situação de emergência

Estado decreta situação de emergência na ponte sobre o rio Paraguai

O Governo Estadual decretou situação de emergência, pelo período de 180 dias, na ponte rodoviária da BR-262, na região do Porto Morrinho, em Corumbá, por conta do “desastre”, classificado como “colapso de edificações”, relacionado à colisão de um empurrador paraguaio num dos pilares laterais da ponte sobre o rio Paraguai, ocorrida na madrugada da terça-feira, 26 de agosto.

Publicado na edição desta quinta-feira, dia 04, o decreto “E” Nº 50, datado de 03 de setembro, esclarece que, de acordo com laudos técnicos, o impacto da colisão “deslocou parte da superestrutura da ponte entre os pilares P3, P4 e P5, no sentido jusante em 20 cm e danificou também os aparelhos de apoio às vigas, que funcionam como equalizadores” e que o choque trouxe como danos a interrupção do tráfego de carretas acima de sete eixos por questões de segurança.

A decisão levou em consideração o fato de a BR-262 ser o “único acesso rodoviário ao municípios de Corumbá e Ladário”, região onde se localizam “uma das maiores fontes de minério de ferro do Brasil” e que o “colapso” na estrutura da ponte “afeta negativamente a cadeia econômica” das duas cidades em várias áreas, “como abastecimento de produtos de consumo diversos, atividades turísticas, entre outros, caminhando para uma desassistência à população pantaneira”.

Segundo o decreto, assinado pelo governador André Puccinelli, os órgãos da administração direta e indireta do Estado “ficam autorizados a prestar apoio suplementar aos Municípios afetados “ desde que haja “prévia articulação com o órgão de Coordenação do Sistema Estadual de Defesa Civil”. As prefeituras de Corumbá e Ladário, decretaram no dia 02 de setembro, situação de emergência em razão da colisão contra a ponte.

O choque

A colisão aconteceu na madrugada de 26 de agosto, quando empurrador de bandeira paraguaia transportando seis barcaças com carga de farelo de milho, que navegava à deriva pelo rio Paraguai bateu contra um dos pilares laterais da ponte. A Capitania Fluvial do Pantanal, subordinada ao Comando do 6º Distrito Naval da Marinha do Brasil, já abriu inquérito para apurar causas e responsabilidades do acidente. a apuração tem prazo de três meses para ser concluída. A carga seguia para Assunção, capital do Paraguai.

Três anos atrás, mais precisamente em 08 de maio de 2011, o empurrador Doña Carmen de bandeira paraguaia transportando 16 barcaças de farelo de soja bateu contra o pilar central da ponte. Com a colisão um vão de cerca de 20 centímetros abriu-se na estrutura da ponte e o tráfego de veículos foi interditado por questões de segurança. A cidade ficou isolada por quase seis horas. Naquele ano, o Governo do Estado também decretou situação de emergência.