Palpiteiros | 21 de agosto de 2014 - 16:43 Os primeiros passos de Gil

Os primeiros passos de Gil: do salário mínimo até ser chamado por Dunga para a Seleção

Natural de Campos dos Goytacazes, Carlos Gilberto Nascimento Silva segue a linha dos jogadores de infância difícil, que começaram em um clube pequeno do interior - mais precisamente no Rio Branco -, mas que encontraram no futebol um caminho para uma vida melhor. Afinal, os tempos são outros: o menino humilde que um dia se arriscou nos gramados do Norte Fluminense cresceu e se tornou Gil, zagueiro do Corinthians e, agora, da Seleção. Convocado por Dunga na última terça-feira, o jogador vai defender o país nos amistosos contra a Colômbia e o Equador, em setembro, para alegria dos dirigentes do Americano, que puderam acompanhar de perto as primeiras atuações do defensor enquanto ele vestia a camisa do Alvinegro de Campos, time onde foi profissionalizado.

Aliás, não faz tanto tempo assim que o zagueiro chegou ao Americano ainda jovem com um par de chuteiras embaixo do braço pedindo para jogar. Pelo menos nas memórias de César Gama, ex-presidente do clube, que viaja pouco mais de 10 anos no passado para recordar o dia em que Gil, um menino moreno, com boa estatura e muito promissor começou a vestir a primeira camisa preta e branca de sua carreira.

- Lembro-me como fosse hoje o dia em que o Gil apareceu no campinho da Usina Cambaíba com um par de chuteiras pedindo para treinar. Ele tinha jogado na infância no Rio Branco e chegou ao Americano com uns 17 anos. Na época ele jogava de volante e chegou atuando na posição. Mas o treinador Paulo Marcos acabou colocando ele de zagueiro, de onde ele não saiu mais. Fico muito feliz por poder ver ele brilhando e sendo convocado. De certa forma, pude acompanhar o crescimento dele e isso é muito gratificante. Ele é um garoto muito bom, de família humilde, que lutou muito para chegar onde está. Tenho certeza que ele ainda vai se destacar muito - disse.