Diário Digital | 28 de julho de 2014 - 13:51 Campo Grande

Acusado de matar PM dentro de loja é preso pela Derf

Polícia encontrou armas usadas no crime escondidas em forro de residência

Foi preso na sexta-feira (25), Bruno Allefe Bibiano Cristaldo, de 20 anos, um dos envolvidos no assalto que vitimou o policial militar Valdir Antunes de Oliveira, de 37 anos, no bairro Buriti, na última quarta-feira (23). O jovem foi apresentado na manhã desta segunda-feira (28), na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf).

De acordo com o delegado Fábio Peró, responsável pelas investigações, os policiais chegaram até o acusado após uma denúncia anônima. "Recebemos na quinta-feira a informação de que o Bruno estava na casa dele, no bairro Colibri. Começamos a monitorar o local e, na sexta-feira, por volta das 22h, ele foi preso enquanto deixava a residência", explicou o delegado.

Após ser preso, Bruno confessou que participou do assalto, mas negou ser o autor dos disparos que matou o policial. Segundo o delegado, o jovem foi o responsável por manter a esposa da vítima, seu filho e a funcionária do estabelecimento, presos no banheiro enquanto os outros dois comparsas cometiam o assalto. "Ele conta que um tal de John Lenon que disparou contra Valdir, mas nós ainda não comprovamos. Ele já falou três nomes diferentes durante os depoimentos", contou.

Segundo o depoimento de Bruno, após o crime, eles fugiram em um veículo Volkswagen Voyage, que pertencia a Weslei Galvano, um dos envolvidos na ação. Eles foram até a casa do motorista do veículo, no Jardim Aeroporto. De lá, um homem identificado como Max Yuri Coelho Ramos de Faria, de 24 anos, levou Bruno até a casa de seu avô, no Jardim Bálsamo, onde ele escondeu as armas usadas no crime no forro da residência. Os outros envolvidos fugiram para outra cidade. De acordo com o delegado, a família do jovem não sabia do seu envolvimento na morte do policial e nem que a arma estava escondida no local.

A polícia está investigando a real participação de Max no crime, se ele apenas deu o suporte na hora da fuga de Bruno, ou se tem uma participação mais ativa no assalto. Também foi apurado que a mulher de Weslei é assaltante e chefe de uma quadrilha no Mato Grosso, onde já baleou um policial.

Para o delegado, o jovem contou que o local do assalto foi escolhido aleatoriamente, mas a polícia não acredita na versão apresentada. "Eles fugiram levando um celular e R$ 200 em dinheiro. Foi uma esquema muito grande para roubar tão pouco. Há informações de que o policial estaria negociando a compra de um caminhão baú, o que pode ter levantado o interesse da quadrilha", explicou Peró.

Weslei e Max Yuri tiveram a prisão decretada, mas ainda não foram presos. A Derf continua investigando o caso.

 
  

Bruno Allefe, de 20 anos, foi preso na última sexta-feira quando saía de casa (Foto: Luciano Muta)