22 de julho de 2014 - 14:45 opinião

Leia o novo artigo "Overdose Gaúcha!", do Jateiense Autenir Rodrigues de Lima

*Autenir Rodrigues de Lima
 
Com todo respeito aos gaúchos e suas tradições que muito contribuem para o enriquecimento e a diversidade cultural de nosso País! Não me entendam mal! Mas a Seleção brasileira está sofrendo da overdose de churrasco e chimarrão. Óbviamente, não é culpa dos gaúchos, pois a palavra final é de quem escolhe. Mas parece que nos últimos tempos não existe outro perfil que sirva à seleção brasileira, senão a dos carrancudos de bombacha e suas teimosias peculiares. A escolha de Dunga para substituir o técnico Luiz Felipe Scolari, outro gaúcho, é difícil de ser entendida! Sobretudo quando ansiávamos por mudanças, principalmente no estilo de agir e comandar a seleção, sem a habitual arrogância muito presente nos estilos destes dois técnicos.
 
Desde a Copa de 98, quando era comandada por Zagallo, o comando técnico da Seleção Brasileira tem se caracterizado pelo revezamento de técnicos gaúchos: Luiz Felipe Scolari por duas vezes, Mano Menezes, e agora Dunga novamente, reforçando a teimosia da CBF. É ou não é overdose? São técnicos de estilos muito semelhantes e, mesmo com algum êxito, já se mostraram ultrapassados para o futebol moderno de hoje.
 
Não menos ultrapassada e incompetente é a CBF, comandada por cartolas vendilhões, que sugam e desrespeitam essa entidade imaterial chamada "paixão brasileira" pelo futebol! Não há nenhuma lógica em suas escolhas e nem de longe representa a vontade dos brasileiros. E nem estou falando de unanimidade, mas de maioria, que obviamente, esta decisão não contempla. Seria falta de opção? Ou a opção que melhor lhes convém?
 
Boa parte da imprensa, principalmente os comentaristas de futebol, tentam esconder a contrariedade à esta escolha, engolindo seco para fazer comentários contidos e limitados as suas clausulas contratuais e aos compromissos da emissora a qual trabalha. Uma focinheira diplomática, carregada de embasamento numéricos e comparações da primeira passagem de Dunga pela seleção com a de seus sucessores. 
 
Alias, os mais atentos perceberam que o que não faltou nesta Copa do Mundo foram analises numéricas e históricas, que se transformavam em estatísticas, indicando superioridade brasileira ou equilíbrio em relação aos adversários. Mas as estatísticas não entraram em campo, e o que tivemos que calcular foi a maior goleada da nossa história em copas do mundo!
 
Sinceramente, fica o sentimento de total descredito com o futuro da seleção brasileira e com o futebol brasileiro de modo geral. Mas, acima de tudo sou brasileiro e tomara que esteja errado! É ver para crer se haverá realmente mudanças que almejamos. Mas seria muito bom ver as coisas neste país, serem tratadas com mais responsabilidade, planejamento e acima de tudo, vontade.
 
* Funcionário Público -- Jateí/MS