17 de junho de 2014 - 10:31 Nova Alvorada do Sul

Vereador é preso com arma e presidente de Câmara fala em armação

Paulo Puffy continua
detido na delegacia
de Polícia Civil
Foto: reprodução Facebook)

O vereador Paulo Roberto (PT), 49 anos, conhecido por Paulo Puffy, foi preso em flagrante com um revólver calibre 38 por volta das 21h de ontem (16), na rua Dorivaldo Monteiro Nogueira, no Centro de Nova Alvorada do Sul, a 120 quilômetros de Campo Grande. O presidente da Câmara Municipal da cidade, Moisés Neres (PT) suspeita que tenha ocorrido uma armação. De acordo com boletim de ocorrência, a Polícia Militar chegou até o vereador depois de receber uma denúncia anônima de que o parlamentar andava armado.

Moisés contou que o vereador seguia para a casa depois de uma sessão na casa de leis, quando foi abordado por policiais militares. Depois de revistas no carro dele foi encontrado, embaixo do banco, um revólver calibre 38 com a numeração raspada. A arma estava com cinco munições intactas e uma deflagrada.

Paulo Roberto foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Ele foi encaminhado para a delegacia do município, onde permanece detido. O delegado chegou a arbitrar fiança no valor de 4 salários mínimos, mas segundo o presidente da Câmara, o vereador continua detido por causa da numeração do revólver que estava raspado.

Desta forma, a quantidade da pena aumenta de 3 a 6 anos e ultrapassa 4 anos, tempo que é permitido a fiança arbitrada pelo delegado. Hoje ainda, o flagrante deve ser encaminhado para a juíza da cidade, será homologado e ela vai arbitrar a fiança.

Moisés Neres disse ao Campo Grande News que acredita em armação e já solicitou para a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública a investigação do autor. “O vereador anda com um Celta antigo e tem o costume de deixar o carro aberto. Acredito que alguém tenha aproveitado essa situação para colocar a arma no carro”, lamenta, acrescentando que o vereador é inocente.

Ele diz ainda que, Paulo Puffy tem uma oposição ferrenha e acredita em crime político. “Foi um atentado contra o poder legislativo”. Segundo as informações apuradas pela reportagem, ainda não há advogado representando o vereador na causa.