G1 | 2 de maio de 2014 - 17:29 ECONOMIA

Dólar fecha em queda no 1º pregão de maio

O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (2), no primeiro pregão do mês, com os investidores avaliando que a política monetária dos Estados Unidos não deve ser alterada agora, o que  reforçava as expectativas de ingresso de recursos externos no Brasil, destaca a Reuters.

A moeda norte-americana recuou 0,48%, para R$ 2,2193, após acumular queda de 1,74% em abril. Veja cotação

Nos últimos três meses até este pregão, a moeda norte-americana já perdeu 8%, após ter subido pouco mais de 15% no ano passado todo.

A economia brasileira registrou entrada líquida de US$ 3,374 bilhões neste ano, até o dia 25 de abril, último dado disponível. Parte desses recursos é atraída pelos ganhos financeiros com o elevado diferencial entre os juros domésticos e internacionais.

Com a expectativa de poucas mudanças na política monetária dos EUA, que foi reforçada neste pregão após os dados sobre o mercado de trabalho do país, esse cenário segue forte.

A criação de postos de trabalho nos EUA cresceu no ritmo mais rápido em mais de dois anos em abril, enquanto a taxa de desemprego atingiu a mínima em cinco anos e meio, a 6,3%. Mas a taxa de participação na força de trabalho recuou ao menor nível desde dezembro.

Segundo analistas, o desempenho do mercado de trabalho norte-americano em abril deu suporte para que o Federal Reserve, banco central norte-americano, continue retirando gradualmente suas medidas de estímulo econômico, sem afetar mais a liquidez internacional.

O movimento desta sexta foi impactado ainda pelo baixo volume de negociações. Agentes afirmavam que o mercado está vazio, entre o feriado do Dia do Trabalho no Brasil e o fim de semana. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em apenas US$ 900 milhões.

Também pesava a constante intervenção do Banco Central. Pela manhã, deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, com volume correspondente a US$ 198,4 milhões. Foram 200 contratos para 1º de dezembro deste ano e 3,8 mil para 2 de março de 2015.