Conjuntura | 25 de abril de 2014 - 15:10 eleições em MS

Em nova nota oficial, PT não poupa nem Zé Teixeira, possível vice de Delcídio

Zé Teixeira é lembrado para ser vice de Delcídio
Em nova nota oficial distribuída à imprensa, o diretório regional do PT não poupa sequer o deputado estadual Zé Teixeira (DEM), lembrado para ser candidato a vice-governador na chapa a ser encabeçada pelo senador Delcídio do Amaral (PT). 
 
Ao se defender de críticas dos adversários, o partido atesta em sua nota que, a exemplo de Delcídio, vários parlamentares também foram beneficiados em campanhas anteriores com doações de empresas que mantém contratos com a Petrobras, alvo de eventual investigação por parte de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que está na iminência de ser criada no Congresso Nacional.  
 
Liderança incontestável da região da Grande Dourados, Zé Teixeira faz parte das mesmas articulações visando eleger Delcídio o sucessor do governador André Puccinelli (PMDB) ao lado do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), cotado para concorrer ao Senado na mesma chapa. 
 
A intriga do diretório petista é que setores da imprensa só têm dado destaque ao envolvimento de Delcídio no caso da Petrobras, acusada de fazer um mau negócio ao comprar em 2006 uma refinaria em Pasadena, nos EUA, por valores superfaturados, conforme admitiu a presidente da estatal, Graça Foster, ao ser sabatinada pelos congressistas, há dias.  
 
Os "denunciantes"  se esquecem, ou melhor,  escondem – que os deputados Carlos Marun, Akira Otsubo (ambos do PMDB) e José Roberto Teixeira, do DEM; entre outros parlamentares, receberam doações da mesma Engevix e da CNEC Engenharia S/A  (Camargo Correa); que também mantém contratos com a Petrobrás. Basta conferir as prestações de contas no site do TSE para comprovar as doações", revela trecho da nota assinada pela direção do PT. 
 
Segundo o texto, "continua a campanha deliberada e insana para tentar desconstruir a imagem do senador Delcídio do Amaral, pré-candidato do Partido dos Trabalhadores ao governo de Mato Grosso do Sul. Agora, “descobriu-se" que a Engevix – empresa que mantém contratos com a Petrobrás – doou dinheiro para a campanha de 2006 do senador, o que é perfeitamente legal e previsto na legislação que rege o processo eleitoral brasileiro". 
 
A nota divulgada pelo comando partidário da conta que Akira Otsubo  recebeu R$ 70 mil da Engevix e R$ 60 mil da CNEC Engenharia S/A na campanha de 2010, totalizando R$ 130 mil.
 
A CNEC Engenharia e a Camargo Correa Engenharia e Projetos são a mesma empresa e utilizam o mesmo CNPJ, conforme planilhas do TSE. 
 
Para os dirigentes petistas, a tática dos adversários é clara, ou seja, intimidar o PT e tentar inviabilizar as alianças que o partido tem conduzido com vistas às eleições deste ano. 
 
"O PT não vai se submeter a este ou a qualquer outro tipo de chantagem comandada por aqueles que se acham donos de Mato Grosso do Sul e cujo reinado está próximo do fim", reage a cúpula partidária.
 
ENTENDA O CASO PETROBRAS 
 
A compra pela brasileira Petrobras de uma refinaria de petróleo em Pasadena, Texas (EUA), em 2006, levantou suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas na negociação. Mas o caso ganhou ainda mais repercussão porque, na época, quem presidia o Conselho de Administração da estatal, que deu aval à operação, era a atual presidente da República, Dilma Rousseff.
 
Em 2006, a Petrobras pagou US$ 360 milhões por 50% da refinaria (US$ 190 milhões pelos papéis e US$ 170 milhões pelo petróleo que estava em Pasadena). O valor é muito superior ao pago um ano antes pela belga Astra Oil pela refinaria inteira: US$ 42,5 milhões.
 
Em 2008, a Petrobras e a Astra Oil se desentenderam e uma decisão judicial obrigou a estatal brasileira a comprar a parte que pertencia à empresa belga. Assim, a aquisição da refinaria de Pasadena acabou custando US$ 1,18 bilhão à petroleira nacional, mais de 27 vezes o que a Astra teve de desembolsar.
 
A presidente Dilma afirmou, após a abertura de investigações no TCU (Tribunal de Contas da União), Polícia Federal e Ministério Público, que só aprovou a compra dos primeiros 50% porque o relatório apresentado ao conselho pela empresa era “falho” e omitia duas cláusulas que acabaram gerando mais gastos à estatal.
 
VEJA A ÍNTEGRA DA NOTA OFICIAL DO PT 
 
Continua a campanha deliberada e insana para tentar desconstruir a imagem do senador Delcídio do Amaral, pré-candidato do Partido dos Trabalhadores ao governo de Mato Grosso do Sul. Agora, “descobriu-se" que a Engevix – empresa que mantém contratos com a Petrobrás – doou dinheiro para a campanha de 2006 do senador, o que é perfeitamente legal e previsto na legislação que rege o processo eleitoral brasileiro. 
 
Os "denunciantes"  se esquecem, ou melhor,  escondem – que os deputados Carlos Marun, Akira Otsubo (ambos do PMDB) e José Roberto Teixeira, do DEM; entre outros parlamentares, receberam doações da mesma Engevix e da CNEC Engenharia S/A  (Camargo Correa); que também mantém contratos com a Petrobrás.
Basta conferir as prestações de contas no site do TSE para comprovar as doações:
 
Akira Otsubo  recebeu R$ 70.000,00 da Engevix e R$ 60.000,00 da CNEC Engenharia S/A na campanha de 2010, totalizando R$ 130.000,00.
 
A CNEC Engenharia e a Camargo Correa Engenharia e Projetos são a mesma empresa e utilizam o mesmo CNPJ, conforme planilhas do TSE. 
 
A tática é clara. Intimidar o Partido dos Trabalhadores e tentar inviabilizar as alianças que temos feito com vistas às eleições deste ano. 
 
O PT não vai se submeter a este ou a qualquer outro tipo de chantagem comandada por aqueles que se acham donos de Mato Grosso do Sul e cujo reinado está próximo do fim.
 
Campo Grande, 22 de abril de 2014.
 
Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores de MS