Conjuntura Online | 22 de fevereiro de 2014 - 11:12 eleições de 2014

Com apoio de aliados, Murilo articula chapa com vice do DEM e PSDB ao Senado

O presidente regional do PSB, prefeito de Dourados, Murilo Zauith, esteve em Campo Grande na quarta-feira (19) para definir com possíveis aliados a composição da chapa majoritária pela qual disputará o governo de Mato Grosso do Sul nas eleições de outubro. 
 
No encontro a portas fechadas, Murilo informou as lideranças políticas que seu desejo é anunciar sua renúncia logo após o feriado de Carnaval, provavelmente no dia 7 de março. 
 
Ele também deu sinais de que o candidato a vice em sua chapa deve sair do DEM e o PSDB indicaria um nome para concorrer ao Senado, cabendo ao PPS uma das suplências. 
 
Praticamente sacramentada, a candidatura do socialista à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB) faz parte de um amplo projeto político liderado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB-PE), visando construir seu palanque nos estados rumo à disputa ao Palácio do Planalto. 
 
Inicialmente, cogita-se que o vice de Murilo deva ser o deputado federal Luiz Henrique Mandetta, presidente regional do DEM, que embora seja primo do ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), estaria disposto a entrar na campanha. 
 
Ainda em processo de conversação com lideranças políticas de outros partidos, o deputado federal Reinaldo Azambuja concorreria ao Senado na chapa encabeçada pelo PSB. 
 
Desde que assumir extra-oficialmente a condição de pré-candidato ao governo do Estado, Murilo enfrenta forte pressão de outros grupos políticos que querem vê-lo fora da disputa. 
 
Para analistas, o iminente anúncio da candidatura do PSB, além de ser uma forte alternativa, deve colocar em xeque algumas negociações políticas que estão em andamento nos bastidores. Provável companheiro de chapa do senador Delcídio do Amaral, pré-candidato do PT ao governo, o governador André Puccinelli é um dos que não concordam com a ideia por entender que a chapa articulada por Murilo e lideranças dos demais partidos, pode mudar o cenário político estadual, atualmente favorável ao candidato petista. 
 
Na reunião de quarta-feira, Murilo também discutiu a composição da chapa de candidatos aos cargos proporcionais (Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados). 
 
A ideia da cúpula do PSB é montar um forte esquema de campanha na tentativa de eleger uma forte bancada na Assembleia e na Câmara. Entre os pré-candidatos estão o ex-deputado estadaul Sérgio Assis, vice-presidente da executiva regional, e o ex-governador do Estado e ex-prefeito de Coxim, Moacir Kohl. 
 
PROGRAMA DE GOVERNO 
 
Com Eduardo Campos, Murilo e lideranças regionais de outros estados começaram a discutir as diretrizes para elaboração do programa de governo. 
 
As lideranças do PSB, da Rede Sustentabilidade e do PPS participam do 1º Seminário Regional Programático, que será realizado pela Fundação João Mangabeira, neste sábado (22), a partir das 9h, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
 
Os próximos seminários devem ocorrer no Rio de Janeiro (15 de março), Recife (5 de abril), Goiânia (12 de abril) e Manaus (26 de abril), nos quais serão definidas as reivindicações regionais, com participação de dirigentes dos 27 estados, tomando como base os eixos centrais que norteiam a elaboração do Programa de Governo da Aliança PSB-REDE.
 
Após a abertura do Seminário, os participantes irão se reunir em seis grupos de discussão, em que serão abordadas cada uma das cinco diretrizes e um específico para tratar das políticas regionais. 
 
As conclusões serão entregues no encerramento de cada evento e contribuirão para a continuidade dos debates. Os cinco eixos temáticos foram elaborados com a participação da sociedade, por meio de uma plataforma digital, lançada na internet em 28 de novembro do ano passado - Mudando o Brasil (www.mudandobrasil.com.br).
 
Nos últimos meses, a população pôde debater e fazer sugestões ao conteúdo programático construído em conjunto por dirigentes, políticos e militantes do PSB e da REDE, desde 28 de outubro, quando houve o primeiro encontro da Aliança, realizado em São Paulo.