MS Record | 18 de fevereiro de 2014 - 17:10 estrangeiro

Camaroneses são presos após tentar aplicar “Golpe da Nota Negra” na Capital

A polícia prendeu três camaroneses após eles tentarem aplicar um golpe conhecido como “Golpe da Nota Negra” em um funcionário de um posto de combustível que fica em frente à sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Campo Grande. Os acusados utilizavam cédulas de dinheiro falsas e repassavam-nas ao comércio da região, além de alegar para as pessoas que teriam uma “máquina de fazer dinheiro”.

Os camaroneses Jean Jacques Pierrin (41), Aphatain Duplair Kako (32) e Valery Giscal Ngangum (32), estavam hospedados em um hotel na Avenida Mato Grosso e foram presos pelas acusações de associação criminosa e tentativa de estelionato. 

Com truques de mágica, o trio garantia à vítima que poderia triplicar o dinheiro. A cada nota verdadeira, eles conseguiam “fabricar” mais duas, entretanto, essas notas ficavam escondidas em um fundo falso do envelope e eram usadas apenas para convencer a vítima.

A descoberta do golpe foi feita após de denuncia realizada à polícia por um servidor da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) que escutou uma conversa sobre fabricação de dinheiro, viu que os rapazes eram estrangeiros e suspeitou que poderia haver algo errado.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Ariene Nazareth Murad de Souza Cury, os acusados chegaram a pedir R$ 100 mil à vítima para que pudessem fabricar novas cédulas e multiplicar o dinheiro.

“Eles pediram inicialmente R$100 mil à vítima e afirmaram que o valor poderia ser transformado em R$ 300 mil. Eles prometeram ainda que 40% do valor total ficaria para a vítima. Depois, como a pessoa não teria o valor, eles disseram que R$ 50 mil estaria bom pra começar. A vítima estava bem iludida.”, contou a delegada.

A delegada relatou ainda que foi enviado ofício à Polícia Federal para averiguar se os estrangeiros estariam com a situação regularizada no país. É a primeira vez que o golpe é descoberto em Mato Grosso do Sul, mas já aconteceu em São Paulo e Santa Catarina, onde também foi efetuado por estrangeiros.

O trio, que planejava viajar para Cuiabá (MT) no sábado (15), um dia depois de terem sido descobertos, teve a prisão preventiva decretada, não pode pagar fiança e está na Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (Derf).