Dourados News | 18 de fevereiro de 2014 - 08:35 Manifestação pela saúde

Protesto de indígenas mantém MS-156 fechada nesta terça entre Itaporã e Dourados

A rodovia foi fechada novamente às 7h por profissionais de saúde da Sesai e moradores da reserva

Foto: Cido Costa

O bloqueio da MS-156, rodovia que liga Itaporã e Dourados, segue durante toda esta terça-feira segundo confirmado pelo vice-capitão da aldeia Jaguapiru, Laucídio Ribeiro Flores, ao Dourados News. A rodovia foi fechada novamente às 7h por profissionais de saúde da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) e por moradores da reserva de Dourados.

O grupo protesta contra as condições na qual hoje funcionam os quatro postos de saúde que atendem à população de 13 mil indígenas dentro da reserva (Jaguapiru I e II e Bororó I e II), que não teriam remédios, e insumos básicos para atendimento. Além disso, há também, segundo relato dos profissionais de saúde, atraso nos salários dos servidores.

O protesto segue por tempo indeterminado, e para quem precisa ir e vir no trecho entre Itaporã e Dourados a melhor opção são as rotas alternativas ao entorno da MS-156.

Os manifestantes dizem que somente encerram a mobilização depois que a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) formar uma comissão para que os indígenas possam ir até Brasília cobrar providências na Sesai com relação à infraestrutura de saúde, e para que possam cobrar também a efetivação de Luiz Antônio de Oliveira Junior como coordenador distrital da secretaria no Estado.

De acordo com o grupo, o coordenador, que assumiu interinamente o cargo após indicação do Conselho de Saúde Indígena no fim do ano passado - substituindo o questionado então coordenador, Nelson Carmelo - não foi ainda reconhecido como tal em Brasília.

Ontem, o protesto dos indígenas gerou certo transtorno a motoristas que foram pegos de surpresa e acabaram ‘presos’ em um congestionamento, sendo obrigados a optarem por rotas alternativas para chegarem a seus destinos. O Dourados News tentou contato com a assessoria da Sesai em Brasília, mas, até o momento, não houve um posicionamento oficial por parte da secretaria, que integra a pasta do Ministério da Saúde.