Uol | 14 de fevereiro de 2014 - 14:45 paulistão 2014

Palmeiras e Corinthians cobram paz, mas batem cabeça quanto às organizadas

Em reunião para pregar a paz entre torcedores no clássico entre Corinthians e Palmeiras, no próximo domingo, no Pacaembu, os presidentes dos dois clubes adotaram posturas diferentes diante do tema. Enquanto Paulo Nobre foi claro quanto ao rompimento com as organizadas, Mario Gobbi, presidente do Corinthians, teve um discurso mais ameno sobre a relação do clube com a torcida.

Na gestão de Mário Gobbi e Paulo Nobre, Corinthians e Palmeiras sofreram com episódios de hostilidade e violência. O clube alviverde rompeu com as organizadas após um ataque a Fernando Prass, no ano passado. Já os dirigentes alvinegros não foram tão contundentes quando o CT foi invadido, há pouco mais de duas semanas.

Mauro Horita/AGIF

"Quando eles agrediram a delegação, nós tomamos aquela atitude. Não tenho nada contra uniformizadas, mas a partir do momento que há violência, tem o rompimento. Foi uma coisa sadia, eles ficaram torcendo, vaiando, que é o que o torcedor faz. Eles têm absoluta independência para isso", disse Paulo Nobre.

"Corinthians desde 2008 tem uma relação de diálogo. O Corinthians não subsidia nada. O radicalismo não faz bem a ninguém, porque dentro das organizadas tem gente boa, que quer torcer e não tem nada a ver com meia dúzia. Continuamos com ideia de diálogo. Só que toda vez que ultrapassar o limite, não há mais diálogo", disse Mário Gobbi, repetindo a postura que já havia adotado nos dias seguintes ao episódio de violência que seu clube viveu.

Ao lado de seus respectivos presidentes, Mano Menezes e Gilson Kleina ressaltaram a importância dos clubes no combate à violência organizada. No meio de uma escalada de confusões, especialmente com organizadas, os treinadores de Corinthians e Palmeiras pediram atenção às vésperas do clássico.

"Deve partir de quem comanda assumir a responsabilidade. A cada evento, vemos que as coisas caminham em um sentido contrário. Vocês acabam de perder um colega [o cinegrafista Santiago Andrade]. Estamos abordando há algum tempo que isso poderia ter acontecido no futebol É bom que possamos assumir a nossa parte e excluir coisas mais radicais. Às vezes cutucando um ao outro no momento mais incisivo. E vocês também, como divulgadores de tudo isso", disse Mano Menezes.

"Nós somos todos pais de família, e se não somos temos entes queridos. Temos de ter cuidado para evitar que episódios de violência se repitam com consequências trágicas", disse Gilson Kleina.