Palmeiras e Corinthians cobram paz, mas batem cabeça quanto às organizadas
Na gestão de Mário Gobbi e Paulo Nobre, Corinthians e Palmeiras sofreram com episódios de hostilidade e violência. O clube alviverde rompeu com as organizadas após um ataque a Fernando Prass, no ano passado. Já os dirigentes alvinegros não foram tão contundentes quando o CT foi invadido, há pouco mais de duas semanas.
Mauro Horita/AGIF
"Quando eles agrediram a delegação, nós tomamos aquela atitude. Não tenho nada contra uniformizadas, mas a partir do momento que há violência, tem o rompimento. Foi uma coisa sadia, eles ficaram torcendo, vaiando, que é o que o torcedor faz. Eles têm absoluta independência para isso", disse Paulo Nobre.
"Corinthians desde 2008 tem uma relação de diálogo. O Corinthians não subsidia nada. O radicalismo não faz bem a ninguém, porque dentro das organizadas tem gente boa, que quer torcer e não tem nada a ver com meia dúzia. Continuamos com ideia de diálogo. Só que toda vez que ultrapassar o limite, não há mais diálogo", disse Mário Gobbi, repetindo a postura que já havia adotado nos dias seguintes ao episódio de violência que seu clube viveu.
Ao lado de seus respectivos presidentes, Mano Menezes e Gilson Kleina ressaltaram a importância dos clubes no combate à violência organizada. No meio de uma escalada de confusões, especialmente com organizadas, os treinadores de Corinthians e Palmeiras pediram atenção às vésperas do clássico.
"Deve partir de quem comanda assumir a responsabilidade. A cada evento, vemos que as coisas caminham em um sentido contrário. Vocês acabam de perder um colega [o cinegrafista Santiago Andrade]. Estamos abordando há algum tempo que isso poderia ter acontecido no futebol É bom que possamos assumir a nossa parte e excluir coisas mais radicais. Às vezes cutucando um ao outro no momento mais incisivo. E vocês também, como divulgadores de tudo isso", disse Mano Menezes.
"Nós somos todos pais de família, e se não somos temos entes queridos. Temos de ter cuidado para evitar que episódios de violência se repitam com consequências trágicas", disse Gilson Kleina.