Folha | 11 de fevereiro de 2014 - 17:38 Mais Médicos

Governo registra ausência de mais três cubanos no Mais Médicos

O ministro Arthur Chioro (Saúde) afirmou, nesta terça-feira (11), que o governo foi notificado da ausência nas atividades do Mais Médicos de outros três médicos cubanos –para além dos dois casos já conhecidos, dos médicos Ramona Rodriguez e Ortelio Jaime Guerra.

O governo publicará, na quarta (12), uma notificação para que esses profissionais se manifestem em até 48 horas para que o governo possa resolver a situação: ou com a volta do profissional ou com seu desligamento.

O ministério não sabe se esses profissionais estão no Brasil, nem tem ideia de seu paradeiro. Os cinco médicos deixaram cidades nos Estados de São Paulo, Pará, Pernambuco, Bahia e Maranhão.

Para Chioro, é preciso tratar os abandonos do programa com "naturalidade".

"Nos últimos dias, de sexta para cá, o Ministério da Saúde foi recebendo comunicações por meio ou das coordenações estaduais ou dos municípios da situação de infrequência de quatro profissionais cooperados [com Cuba], e um deles público [Guerra]", disse o ministro. Na conta, a pasta já não considera o caso de Ramona.

A situação desses profissionais, disse o ministro, é diferente da situação dos outros 22 cubanos que deixaram o programa de maneira formalizada e voltaram para Cuba.

Além dos cinco cubanos, há registros da ausência de 80 médicos brasileiros e cinco estrangeiros que se inscreveram individualmente. Os nomes dos 89 serão publicados no "Diário Oficial" da União desta quarta (12), quando abre o prazo para que todos se manifestem sobre o interesse de permanecer no programa.

Na quinta (13), o governo publica uma consolidação de regras já definidas sobre a identificação de médicos faltosos e do passo a passo para o desligamento desses profissionais do programa.

Chioro negou que haja qualquer restrição de liberdade dos médicos que estão no Brasil, inclusive dos que vieram de Cuba. "Temos convicção que os profissionais estão vindo por absoluta vontade."

Para o ministro, o número de abandonos do Mais Médicos é "muito baixo, insignificante" diante dos pouco mais de 9.500 médicos inscritos.