A informação demorou, mas chegou até os ouvidos públicos. Depois dos primeiros indícios serem de apenas uma conversa com o técnico Mano Menezes durante cerca de 15 minutos, neste domingo o presidente do Timão, Mário Gobbi Filho, afirmou que os cerca de cem torcedores que invadiram o CT Joaquim Grava agrediram o atacante peruano Paolo Guerrero, por causa da má fase que vive o time do Parque São Jorge.

"É verdade. O Guerrero foi esganado aqui. O jogador que marcou o gol mais importante da história do Corinthians. Não merecíamos isso, acho que foi um retrocesso prestado ao clube. A amnésia toma conta do ser humano", declarou o mandatário do Timão em entrevista à Rádio Bandeirantes.

De acordo com informações, alguns dos 12 torcedores do Corinthians que ficaram presos em Oruro por causa da morte do jovem torcedor boliviano em jogo da Libertadores, estavam presentes nesta invasão ao CT do clube. Questionado sobre o fato de ter defendido esses torcedores pelo ocorrido na Bolívia, Gobbi disse que vai apurar as imagens, mas não se arrepende do que fez e explica o motivo.

"Não me arrependi de ter defendido porque os 12 que estavam presos não têm nenhuma responsabilidade [do que ocorreu em Oruro]. Vamos pegar as gravações, filmes, fotos e amanhã (segunda-feira) vamos à policia pedir a abertura de um inquérito. E, se alguém de Oruro esteve aqui no CT, vai responder por seu ato. O que não pode é responder pelo que não fez. Aí é uma inversão de valores", completou.