Lucimara Luca / Assessoria | 28 de janeiro de 2014 - 12:55 Fátima do Sul - “Colorindo a Dor”

Psicólogas realizam projeto Colorindo a Dor em Fátima do Sul

Crianças chorando, ansiosas e estressadas, este pode ser o cenário de diversos hospitais e clínicas em geral, mas no Centro de Especialidades Médica de Fátima do Sul a realidade já é outra, pois, está sendo desenvolvido o projeto “Colorindo a Dor”.

Idealizado pelas psicólogas Carla Cristina Braga Valota Esteves e Emmeline Nunes de Camargo, o projeto tem como objetivo subtrair, ao máximo, o receio que as crianças possuem de interagir com o médico e de estar num ambiente hospitalar.

As psicólogas explicaram que devido aglomeração nos corredores, as crianças que aguardavam o atendimento pediátrico, ficavam ansiosas, irritadas e choravam muito, ocasionando estresse tanto nos usuários como nos funcionários deste e de outros serviços.

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O projeto Colorindo a Dor é realizado no Centro de Especialidades Médica de Fátima do Sul. (Foto: Rosana Silva/ AgoraNews).

Por este motivo foi colocado em prática o projeto Colorindo a Dor, que é desenvolvido pelas psicólogas, que foram preparadas para terem um olhar clínico diferenciado, no que se refere ao mal estar emocional, que o ambiente pode causar, prevenindo agravos psicológicos.

As psicólogas explicaram que as crianças são acolhidas no corredor e encaminhadas à sala, onde são desenvolvidas atividades lúdicas, que ajudam as crianças a perderem seus medos, entre eles, do médico de jaleco branco. São disponibilizados diversos brinquedos e materiais pedagógicos, incluindo desenhos para coloração com ilustrações, que esbocem a situação médico-paciente.

Este trabalho vem de encontro com a Política do SUS denominada Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) proposto pela PortariaGM/MS nº 881, de 19 de junho de 2001. O PNHAH propõe um conjunto de ações integradas que visam mudar substancialmente o padrão de assistência ao usuário nos hospitais e instituições de saúde pública do Brasil, melhorando a qualidade e a eficácia dos serviços hoje prestados por estas instituições.

A psicóloga Carla explicou que o projeto é realizado todas as sextas-feiras, em horário concomitante a consulta pediátrica. “As mãe nos procuram e agradecem pelo atendimento oferecido aos seus filhos e reconhecem a importância desse acolhimento de tal modo, que elas mesmas contribuem para o projeto doando brinquedos com isso percebemos uma mobilização da própria comunidade para que este projeto seja cada dia melhor”, disse a psicóloga.

Simone Lara da Silva é mãe do Pedro Henrique e comentou a importância do projeto. “Distrai a criança e eu acho bom, porque meu filho é arisco e agora até se soltou mais com o projeto”, disse Simone.

Cristiane Ferreira revelou que sua filha Eduarda participou e até chorou ao ir embora do projeto. “Antes era uma guerra para ir ao médico, já é a segunda vez que eu levo ela na pediatra e dessa vez senti que ela estava mais a vontade e ate pediu para ir à sala do projeto”, alegou Cristiane.

A psicóloga Emmeline comentou a evolução do Colorindo a Dor. “No início do precisávamos chamar as crianças e pedir permissão para os acompanhantes para se dirigirem a sala, hoje as próprias crianças e os responsáveis assim que chegam para a consulta médica buscam imediatamente o serviço de acolhimento. Outra observação importante é que com o jaleco colorido as crianças não temem em se aproximar de nós”, afirmou a psicóloga.

O prefeito Júnior Vasconcelos (PSDB) parabenizou as profissionais, que tem auxiliado o atendimento pediátrico. “É gratificante saber que o nosso município presta este tipo de atendimento médico, além do auxílio das psicólogas com esse belíssimo projeto que está de parabéns, pois, os pais aprovaram essa iniciativa”, finalizou o prefeito.