Terra | 11 de dezembro de 2013 - 13:34 Virada de Mesa?

Além da Portuguesa, advogado indicado pela CBF defendeu o Flu

Advogado da Portuguesa no polêmico caso Héverton, Osvaldo Sestário Filho serve a equipes que disputam as quatro primeiras divisões do Campeonato Brasileiro. Só nos últimos três meses, Osvaldo participou de julgamentos a serviço de 31 clubes diferentes. Entre eles, o Fluminense, que seria o maior beneficiado em caso de a Portuguesa perder quatro pontos. 

Em 28 de novembro, Osvaldo defendeu o Flu em caso que envolvia a suspensão do meia Felipe. A solicitação da defesa foi aceita pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que determinou ainda o pagamento de R$ 5 mil para a Instituição Afro Reggae. Foi só um de mais de 100 processos no período. 

Oito dias depois, Osvaldo trabalhava a favor da Portuguesa no mesmo STJD que ordenou a suspensão do meia Héverton por dois jogos. A diretoria do clube paulista, porém, alega ter recebido do advogado a notícia de que o gancho imposto era de apenas uma partida. Assim, Héverton entrou em campo no domingo passado, diante do Grêmio, e deu margem para um possível rebaixamento de seu time. 

Osvaldo Sestário foi presidente do Londrina em 2001 e 2002 Foto: Divulgação

A relação de trabalho entre Osvaldo Sestário Filho e vários clubes pode ser explicada por um acordo junto à CBF, segundo a Revista Veja. Ele é indicado às equipes das quatro primeiras divisões para defender casos no STJD, no Rio de Janeiro. Em alguns casos, o pagamento de seus serviços é feito pela CBF, que desconta os valores das cotas a serem repassadas às equipes, ainda segundo a revista. O acordo teria revoltado advogados concorrentes, que acusariam a entidade de concorrência desleal. 

Dois dos clubes defendidos pelo advogado, em contato com o Terra, alegaram que recorreram aos serviços de Osvaldo Sestário Filho por ele ser um habitual frequentador do STJD. Disseram, porém, que a intermediação foi direta, sem a participação da CBF. 

No último ano, em entrevista à Espn Brasil, Osvaldo Sestário Filho disse que a intermediação dos serviços entre ele e os clubes era feita por Reinaldo Carneiro Bastos, vice-presidente da Federação Paulista de Futebol. Osvaldo e Reinaldo estreitaram laços quando o advogado trabalhou na década passada para a FBA Associados, empresa extinta que geria a Série B do Campeonato Brasileiro.