Terra | 10 de dezembro de 2013 - 14:30 economia

McDonald’s e Starbucks: diretores ganham R$ 21 mil por hora

Os diretores-executivos (CEOs) das redes McDonald’s e Starbucks ganham US$ 9,2 mil (cerca de R$ 21 mil) por hora trabalhada, segundo um levantamento do site financeiro NerdWallet. 

O estudo mostra que o salário do executivo mais importante chega a ser 1 mil vezes maior que os ganhos médios de um vendedor regular das redes nos Estados Unidos. As duas empresas apresentaram as maiores diferenças no levantamento. 

Para receber uma hora do salário do CEO, atendentes do McDonald’s precisam trabalhar 3,86 meses, enquanto os empregados do Starbucks “sofrem” um pouco menos: 3,49 meses. 

O cálculo foi feito com base no relatório anual de 100 empresas que divulgam os salários de seus executivos. O salário por hora do CEO foi encontrado dividindo os ganhos totais, entre bônus e ações, por uma carga horária de 60 horas semanais e 50 semanas no ano. 

Greve
Na última semana, cerca de mil funcionários de redes de fast-food saíram às ruas de Washington, como parte de uma mobilização nos Estados Unidos, para exigir um "salário digno" e criticar a crescente desigualdade econômica. Com cartazes de "Não podemos sobreviver com US$ 7,25 (por hora)", cem deles, contratados pelo McDonald's, se manifestaram na frente do Museu do Ar e Espaço da capital americana .

"O que nos pagam não é justo, não temos férias, nem seguro médico", disse à Agência Efe Gonzalo Morales, empregado de origem mexicana, que trabalha há três anos no McDonald's que serve hambúrgueres aos visitantes do museu. "Tenho três trabalhos e o que ganho não dá para manter a família", lamentou Morales, de 53 anos.

As manifestações são parte de uma mobilização nacional em uma centena de cidades dos Estados Unidos com a mesma reivindicação: elevar o atual salário mínimo federal de US$ 7,25 para US$ 15 por hora. Organizações como a "Fast Food Forward", coordenadora do evento, alertaram que enquanto as empresas gozam cada vez de maiores benefícios, os empregados devem recorrer à assistência pública para poder chegar ao final de mês e sustentar suas famílias.