Mídia Max | 22 de novembro de 2013 - 09:53 DOURADINA

Quadrilha usava funerária para ‘lavar’ dinheiro de corrupção em Douradina

Uma funerária em Douradina foi um dos principais alvos do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), durante operação Pactum Sceleris. Conforme o MPE (Ministério público Estadual), o local era usado como “fachada” para negociações e superfaturamento da prefeitura. O prefeito Darcy Freire (PDT) diz que nunca desconfiou de nada e que ficou surpreso com as prisões.

O dono da funerária é o genro do prefeito Freire, Evandro Nunes dos Reis. De acordo com informações do MPE, os caixões eram fornecidos sem documentação nenhuma e com o repasse superfaturado. A namorada de Evandro, Mirna Letícia Medina Barreto, também foi presa durante a operação, na cidade de Ponta Porã – distante a 346 km de Campo Grande.

Ao todo, o secretário de saúde do município, Francisco de Assis Honorato Rodrigues e outras oito pessoas foram presas, sendo sete com mandados de prisão preventiva e duas com mandado temporário. Os policiais apreenderam munições e quatro armas, incluindo uma espingarda e cigarros.

Durante quatro meses de investigação o Gaeco identificou na cidade os crimes de peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, concussão, prevaricação, ameaça e fraude à licitação. Caso fiquem comprovadas as suspeitas de improbidade administrativa em relação aos servidores envolvidos no esquema, eles serão indiciados formalmente.

O prefeito disse ter ficado surpreso com a operação na prefeitura e secretaria de saúde, mas garantiu que os servidores envolvidos serão afastados do cargo se confirmadas as denúncias.

“Vou esperar uma definição das investigações, mas se forem detectadas irregularidades, os envolvidos serão afastados”, finalizou.