Correio do Estado | 5 de novembro de 2013 - 16:49 Por unanimidade

Comissão Processante nega arquivamento de denúncia contra prefeito da Capital

Testemunhas serão convocadas para apuração das possíveis irregularidades na prefeitura

A Comissão Processante instaurada na Câmara Municipal para investigar possíveis irregularidades em contratos firmados entre o Executivo e prestadores de serviços decidiu, por unanimidade, negar o arquivamento das denúncias. Após leitura do relatório referente à defesa apresentada pelo prefeito Alcides Bernal (PP), na tarde desta terça-feira (5), os parlamentares decidiram dar prosseguimento aos trabalhos com três votos favoráveis.

Segundo o vereador Flávio César (PT do B), relator da Comissão Processante, o Executivo não apresentou provas que possam determinar o arquivamento da denúncia. “Assim, é imperioso o prosseguimento da peça acusatória para melhor apuração dos fatos, inclusive com a importante oitiva das testemunhas arroladas, que, por sua maioria, são secretários municipais”, decidiu, sendo seguido pelos vereadores Edil Albuquerque (PMDB), que preside a Processante, e Alceu Bueno (PSL).

Agora, a Comissão irá convocar testemunhas para depor e, por último, o próprio Alcides Bernal deve comparecer. Depois, os integrantes da comissão irão fazer um relatório final dos trabalhos e decidir se arquivam o processo ou levam a plenário para votação, que determinará se o prefeito será cassado. “Quero finalizar tudo isso antes do Natal”, acrescentou o presidente da Comissão, Edil Albuquerque.

A defesa do prefeito, apresentada na última semana pelo advogado e ex-desembargador Jesus de Oliveira Sobrinho, arrola ainda dez testemunhas de defesa. Segundo Flávio César, o documento ainda fez considerações sobre a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou as irregularidades nos contratos, afirmando que “serviu apenas para trabalhar em benefício dos empresários e iniciar um plano para tirar o mandato do atual prefeito”. Para o vereador Alceu Bueno, Bernal “se preocupou mais em denegrir a Comissão do que responder as acusações que lhe são atribuídas”.