CanaNews | 31 de outubro de 2013 - 14:47 economia

Eldorado pretende investir R$ 4 bi em nova linha de produção de celulose em MS

A maior indústria de celulose do mundo, a Eldorado Brasil, em Três Lagoas, no leste de Mato Grosso do Sul, pretende investir R$ 4 bilhões no projeto de implantação de uma segunda linha de produção na fábrica.

O projeto, segundo Luciana Bortoluci, gerente de Sustentabilidade da empresa disse ao CanaNews já tem Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) sendo elaborados pela empresa Poyry, lider mundial em consultoria para indústrias de celulose e papel.

O EIA/RIMA do projeto deve ser apresentado pela Eldorado e a Poyry, conforme ela, em uma audiência pública que está agendada para a primeira quinzena de novembro, em Três Lagoas. Com relação as obras, a previsão é que tenham início em 2015 e as operações da segunda linha comecem em 2017.

Com a nova linha e a ampliação da que já está em operação, a Eldorado deve saltar de uma capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas por ano para 4 milhões de toneladas por ano.

Para obter recursos para o projeto, Luciana comenta que já foi apresentada uma carta consulta ao Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO) e que outras linhas de crédito ainda estão sendo analisadas pela direção da empresa.

A gerente de Sustentabilidade da Eldorado comenta que a implantação da nova linha de produção deve criar centenas de novas vagas de trabalho na empresa. “Hoje são cerca de 3 mil funcionários. Para a construção, estimamos uma média de 3 mil pessoas considerando que no pico da obra podemos chegar a 6 mil colaboradores. Para o operação, a previsão é de cerca de mais 400 pessoas no processo industrial”, comenta.

Ela adiantou ainda que o foco da nova linha assim que a que já está ativa é atender o mercado externo. “Atualmente, a maior parte da produção já é destinada para exportação. Com o crescimento da demanda mundial, a nova linha também atenderá o mercado externo. Hoje, cerca de 45% a 50% da celulose produzida pela Eldorado é destinada para a Ásia, de 30% a 35%, para a Europa e cerca de 20% para Américas, incluindo Brasil”, conclui.