31 de outubro de 2013 - 13:00 japorã

Prefeito denuncia que índios comem cachorro para não abater gado em terras ocupadas

Em visita a Campo Grande, o prefeito de Japorã, Vanderlei Bispo (PT), denunciou aos deputados estaduais em sessão desta quinta-feira (31) na Assembleia Legislativa, que os índios de sua região têm se alimentado de cachorros, para não abater gados de propriedades rurais que estão ocupadas.

“Em Japorã não ocorre violência nas ocupações como dizem. Não ocorre roubos. Pasmem, eu vi indígenas abatendo cachorros para se alimentar e não abater o gado do produtor. Os índios não querem conflitos, eles querem um lugar que possam cultivar, trabalhar e criar suas famílias”, afirmou.

Segundo o prefeito em apenas uma fazenda que está ocupada houve o abate ilegal de 10 cabeças de gado por pessoas que não participavam da ocupação e sem o consentimento dos indígenas que lá estavam.

“E olha que neste local tem cinco mil indígenas cercados de gado. Até ontem, por volta do meio dia que eu estive lá andando pelas aldeias, não há nenhum registro de refém ou violência nos locais ocupados”, destacou Bispo.

O prefeito de Japorã compartilha da ideia de solução para os conflitos pela terra que é o ressarcimento aos produtores que tiverem as propriedades doadas aos indígenas. “Se qualquer proprietário ouvir os indígenas, eles precisam da terra e o fazendeiro precisa do dinheiro. Não estamos dando a terra somente por questão indigenista, mas sim por questão de vida”, alegou.

O petista ainda criticou o Governo Federal. “A mesma União que deu o título de propriedade é a mesma que agora fala que é indígena. Lá em Japorã os índios só pedem 7 mil hectares. Tem uma propriedade que a prefeitura fez um convênio e preparou a terra para eles plantaram e a Funai entraria com as sementes, mas até hoje nenhuma semente chegou lá. Tudo para o índio é mais difícil”, argumentou.

Para exemplificar, o prefeito concluiu sua fala explicando que o Goveno Federal tem exigido o documento Dapi, que comprova ser produtor rural para os índios e já não exige mais aos produtores rurais assentados pelo Incra-MS.