Correio do Estado | 24 de outubro de 2013 - 15:03 'Ad Sumus'

Gaeco faz operação para prender integrantes do PCC em 4 estados

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul, está atuando na Operação “Ad Sumus”, deflagrada nesta quinta-feira (24), em Mato Grosso, para prender integrantes do PCC.

Ao todo a Justiça expediu 50 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão, que também estão sendo cumpridos nos estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Desse total de acusados de envolvimento com o grupo criminoso, 19 já estão presos, segundo o Gaeco.

As investigações iniciaram em março do último ano até junho de 2013 e, nesse período, as prisões de alguns suspeitos foram realizadas, segundo o Gaeco. “A maioria dos delitos ocorreu em Cuiabá e Várzea Grande, contudo, vários crimes vergastaram municípios do interior, com destaque para Rondonópolis. Parte das atividades delituosas desembocaram suas nefastas consequências em outros estados da Federação, sobretudo Rondônia e Mato Grosso do Sul”, diz um trecho da denúncia do Ministério Público.

Atualmente, aponta o Gaeco, estima-se que existam mais de 100 integrantes dessa organização criminosa atuando em Mato Grosso, Alguns deles, mesmos presos, estariam praticando delitos. As investigações revelam que a atuação da facção começou em 1999, no estado, quando o suspeito 'Marcola' permaneceu detido por cerca de seis meses na Penitenciária Central do Estado (PCE) por promover um suposto roubo de R$ 6 milhões de uma agência bancária, em Cuiabá. No mesmo ano, no dia dia 5 de junho, ele e outros dois presos fugiram pela porta da frente do presídio.

Desde então, diz o MPE, o grupo vem tentando se organizar e fortalecer a facção no estado. Entre os recursos utilizados pelos criminosos estão 'teleconferências', onde os integrantes se interagem em tempo real. “O grupo possui estatuto próprio e regras rígidas. Cada “irmão” deve contribuir com o pagamento de uma taxa mensal, esteja ele preso ou em liberdade. O dinheiro arrecadado é usado para compra de armamento e drogas, além de financiar a fuga ou resgate de integrantes da facção criminosa”, consta trecho da denúncia.