Mídia Max | 23 de outubro de 2013 - 17:19 caso da indenização

Dona Dilá ainda não recebeu R$ 150 mil da indenização e nem satisfações de Bernal

O caso da indenização por danos morais que envolve Dilá Dirce de Souza, a Dona Dilá, continua sem solução no Judiciário estadual. Até agora o advogado que representa a aposentada, Rubens Pereira de Deus, não obteve a ordem judicial para retirar do processo o cheque no valor de R$ 150 mil, que ela necessita para fazer uma terceira cirurgia reparadora.

Em 1999, Dona Dilá foi atropelada por um caminhão de lixo da Vega Ambiental no lixão de Campo Grande, fato que deixou sequelas graves na ex-catadora, que já se submeteu a duas cirurgias.

Por meio do advogado contratado por ela na ocasião, Alcides Bernal, agora prefeito da capital, Dona Dilá obteve sentenças favoráveis para a realização de uma cirurgia de colocação de prótese na cabeça do fêmur, que chegou a necrosar por causa da longa espera das decisões judiciais, em função dos recursos da Vega.

Bernal deixou o caso em 2007, e desde então a aposentada não recebia notícias do andamento de duas ações, uma para custear o tratamento médico, e outra por danos morais. Essa segunda ação com os R$ 150 mil depositados na conta só foi descoberta em abril deste ano, quando a ex-catadora contratou o outro advogado, Rubens Pereira.

Sem receber a indenização, até agora Dona Dilá também não tem mãos a prestação de contas dos gastos relativos ao dinheiro sacado por Bernal para o tratamento médico, que hoje chegariam a R$ 160 mil, segundo Rubens Pereira.

Além disso, depois da repercussão do caso em nível nacional, Bernal passou a cobrar na Justiça os seus honorários de Dona Dilá. No último dia 9, o juiz Wagner Mansur Saad, mandou devolver a ação de Bernal para o setor de distribuição de processos.

“Os aqui requerentes querem a distribuição, por dependência, de pedido para arbitramento de honorários, em relação a processo já sentenciado e com transito em julgado. Não se trata de nenhuma das hipóteses legais para que seja desconsiderada a distribuição ao juízo natural. Portanto, com as anotações, retornem à Distribuição para que seja atribuído a um dos demais juízos com competências sobre a matéria”, decidiu o juiz.

Dessa forma, o outro processo por danos morais de dona Dilá, de nº 001.01.054768-0 e já julgado continua em mãos do mesmo juiz Wagner Mansur Saad, que pode determinar a liberação do recurso, mas ainda não o fez.

Desde ontem (23), a Corregedoria do TJ também acompanha o caso.

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