Mídia Max | 19 de outubro de 2013 - 10:12 eleições 2014

Chapa com Giroto pode ser alternativa para Delcídio se livrar do PMDB e ficar com André

O retorno do deputado federal Edson Giroto ao PR, já levanta dúvidas

O retorno do deputado federal Edson Giroto ao PR, após curta temporada no PMDB, já levanta dúvidas sobre as reais intenções do governador André Puccinelli (PMDB), maior liderança peemedebista no Estado. Vice-presidente do PMDB em Mato Grosso do Sul, Esacheu Nascimento, avalia que nem com uma bola de cristal teria condição de avaliar a visão do governador ,mas desconfia das intenções.

“Se o partido acha que o nome é o Nelsinho (ex-prefeito Nelsinho Trad-PMDB), pegue a bandeira e carregue. Vejo esta mexida no tabuleiro e não sei se é uma proposta para ter o Giroto como vice do Delcídio. Eu não sei o que está acontecendo. Cada dia é uma coisa diferente e não é uma decisão do partido, mas da liderança maior, que é o André”, analisou.

Esacheu Nascimento entende que pode haver uma coligação branca entre Delcídio e Puccinelli, onde Giroto seria o vice de Delcídio a pedido do governador, ainda que o PMDB mantenha Nelsinho na disputa. “Pode haver uma coligação branca, como a gente fala em política. Todo mundo sabe que o Giroto é do André e não tem vontade própria. Pelo que está colocado ai, é uma possibilidade”, justificou.

Esacheu sustenta a tese por não entender qual seria o sentido de deslocar um deputado federal do partido que tem como proposta a eleição de um governador. Ele não acredita que amarrar o PR seria o único interesse de Puccinelli ao fazer o deputado retornar ao partido.

“Amarrar o PR é muito pouco. O PR, apesar de três deputados estaduais, no cenário político em Mato Grosso do Sul não tem esta importância para deslocar deputado para segurar o partido. O jogo não começou. Estão preparando os times para o campeonato que começa no ano que vem”, concluiu

A aliança entre o PMDB e o PT sempre foi dada como certa em 2014, impulsionada, principalmente, pela boa relação entre Delcídio e Puccinelli e pela aliança entre as siglas na defesa de Dilma Rousseff (PT). Porém, o que parecia certo, enfrenta barreiras na insistência de Nelsinho Trad e na rejeição apontada em pesquisas encomendadas pelo PT.

Os números revelam que Delcídio perderia a eleição se aliasse a candidatura ao PMDB. Com o arranjo indireto com Giroto, Delcídio manteria a aliança com o PSDB, que ficaria com a vaga de senador, dada a Reinaldo Azambuja (PSDB). Assim, caberia a Puccinelli a função de eleger apenas Simone Tebet (PMDB), que neste caso enfrentaria Azambuja.