Campo Grande News | 15 de outubro de 2013 - 12:06 CAMPO GRANDE

Por 21 votos a oito, vereadores aprovam Comissão que pode cassar Alcides Bernal

Numa sessão tensa, com traições na base aliada e na oposição

Numa sessão tensa, com traições na base aliada e na oposição, a Câmara Municipal de Campo Grande aprovou, por 21 votos a favor e 8 contra, a instalação da Comissão Processante para investigar o prefeito Alcides Bernal (PP). Os parlamentares irão investigar as denuncias apresentadas no relatório da CPI do Calote e podem cassar o mandato do prefeito.
Os vereadores Chocolate (PP) e Professora Rose (PSDB) que estavam na base do prefeito votaram a favor da investigação. Edson Shimabukuro (PTB), que vinha ensaiando uma aproximação com Bernal, também votou pela investigação.

Rose havia dito que sua posição seria a escolhida pelo partido, enquanto que Chocolate teria dito antes que seu mandato pertencia ao povo e não ao prefeito. Ele ainda disse que a Justiça vai julgar as denúncias contra Bernal.

Os vereadores da oposição Vanderlei Cabeludo (PMDB), Carla Stefanini (PMDB), Mário Cesar, Paulo Siufi (PMDB), Chiquinho Telles (PSD), Coringa (PSD), Delei Pinheiro (PSD), Flavio César (PT do B), Eduardo Romero (PT do B), Otávio Trad (PT do B), Chocolate, Dr. Jamal (PR), Grazielle Machado (PR), Juliana Zorzo (PSC), Professora Rose (PSDB), Alceu Bueno (PSL), Airton Saraiva (DEM), Paulo Pedra (PDT), Eng° Edson (PTB), Eliseu Dionísio (SDD) e Edil Albuquerque (PMDB).

Contra o pedido votaram Zeca do PT, Alex do PT, Airton Araujo (PT), Cazuza (PP), João Rocha (PSDB), Luisa Ribeiro (PPS), Carlão (PSB) e Gilmar Neri (PRB).

Carlão, que vinha integrando o grupo de oposição, surpreendeu e votou a favor do prefeito. Ele disse que não via uma pressão semelhante desde 1983. Juliana disse que votou a favor porque o prefeito lhe garantiu que não há nenhuma irregularidade. “Então não há o que temer numa investigação”, justificou-se.

O líder do prefeito, Alex do PT, reagiu a aprovação dizendo que o grupo não vai abaixar a cabeça.

 
Populares se dividiram sobre o pedido de investigação do prefeito de Campo Grande (Foto: Cleber Gellio)