Mídia Max | 8 de outubro de 2013 - 10:08

Bernal elogia vereador com quem estava brigado e ameaça outros parlamentares

O prefeito Alcides Bernal (PP) está se empenhando para derrubar o processo de investigação que pode ser aberto contra ele na Câmara de vereadores, na chamada comissão processante. O empenho é tão grande que o prefeito tem feito elogios até a vereador que já não era chamado para nenhum evento da administração, como o caso de Waldecy Chocolate (PP), segundo ele mesmo informou.

Na manhã desta terça-feira (8), durante participação no programa de rádio que já foi dele e hoje pertence ao aliado, vereador Cazuza (PP), Bernal resolveu elogiar Chocolate, dizendo que ele é um dos vereadores firmes no seu propósito. O prefeito já não conversava com Chocolate há algum tempo, desde que, segundo o próprio Chocolate, avisou ao prefeito que não seria marionete e assumiria o comando do mandato dele na Câmara.

O prefeito também aproveitou o espaço livre dado pelo vereador aliado para ameaçar os vereadores que pensam em ser favoráveis a uma investigação, dizendo que hoje a população vai saber quem é contra Campo Grande e a favor de um golpe político. “É o dia D”, definiu.

Bernal acusou os vereadores de querer dar um golpe político em Campo Grande para se valer mais do que os 270 mil votos dados a ele nas urnas. Ele alega que os dois eleitores que pediram a abertura de comissão processante, Raimundo Nonato e Luiz Pedro Guimarães, fizeram o pedido por conta de questões pessoais.

A oposição discorda do entendimento do prefeito e alega que se não tem nada a esconder, ele deveria pedir para abrir a comissão processante até para se defender. “Contra Campo Grande será quem não permitir que se abra a comissão para que ele se explique”, rebateu o presidente da Câmara, vereador Mário César (PMDB).

A comissão processante só será aberta se Bernal não conseguir o voto de 10 dos 29 vereadores na Câmara. Aberta a comissão, a mesa diretora faz um sorteio para escolha de três vereadores que conduziram os trabalhos, que devem acontecer em um prazo máximo de 90 dias, sem prorrogação.