Há 33 anos vendendo pipoca em Fátima do Sul, ‘Seu Vilela’ ganha novo carrinho da Mais Móveis
‘Seu Vilela’ trabalha há 33 anos vendendo pipoca
A empresa Mais Móveis, fez a doação de um novo carrinho comercial para ‘Seu Vilela’ que trabalha há 33 anos vendendo pipoca no município de Fátima do Sul. A ação solidária da do empresário José Massariol, além de dar melhores condições de trabalho a esse senhor tão querido pela comunidade, mudou pra valer o visual do carrinho para que ‘Seu Vilela’ possa trabalhar e conquistar um público cada vez mais fiel.
Para o desenvolvimento do projeto gráfico e plotagem do carrinho de ‘Seu Vilela’, José Massariol solicitou a empresa Alison Publicidades de Vicentina para fazer a criação e planejamento do adesivo. Daí surgiu a idéia de criar de personalizar o carrinho que ele ganhou com tanto carrinho da loja Mais Móveis.
Para o empresário José Massariol responsável pela ação, “é uma satisfação em poder estar oferecendo melhores condições de trabalho a uma pessoa tão honesta , trabalhadora, que sempre batalhou pelo sustento de sua família, nada mais justo do que oferecemos a ele uma novo carrinho, para continuar desenvolvendo seu trabalho na cidade de Fátima do Sul. Foto: Washington Lima / Fátima News
UM POUCO DA HISTÓRIA DO ‘SEU VILELA’
José Vilela Andrade, nascido em 1940, no Estado de São Paulo, veio para o Mato Grosso do Sul ao 21 anos de idade, relembra de sua chegada ao Estado ainda pouco desbravado no ano de 1959, onde começou a trabalhar na roça e lida com gado como capataz de fazenda.
Pai de seus filhos, precisou deixar a vida no campo em busca de melhorias e oferecer estudos aos filhos, deixou o município de Dourados e mudou-se para a cidade de Fátima do Sul, onde na década de 80, começou a trabalhar como guarda como funcionário do Estado e funcionária da extinta FIFASUL.
Em conversa ao repórter Washington Lima do Fátima News, ‘Seu Vilela’ lembra com a voz embargada da saudosa Drª Ively Monteiro, fundadadora e proprietária da extinta FIFASUL – Faculdades Integradas de Fátima do Sul, principal incentivadora para comprar-se um carrinho e começar a vender pipoca na porta da faculdade. “Engraçado eu usava o crachá da FIFASUL como funcionário e ainda vendia pipoca e as pessoas andavam me perguntando como podia eu desenvolver as duas funções, simplesmente respondia ‘a Ively é uma pessoa muito boa’, sorriu ‘Seu Vilela’, ao relembrar das épocas de glória da Faculdade.
Durante 14 anos, ‘Seu Vilela’ acumulou suas funções na FIFASUL e na Escola Estadual Vicente Palotti quando pediu o PDV – Plano de Demissão Voluntária do Governo do Estado, em 2004 se aposentou das funções da FIFASUL, mas nem por isso deixou de exercer a profissão que apreendeu a gostar até os dias atuais, que é servir pipocar para os alunos. “Ontem mesmo foi um dia chuvoso, não vim para a faculdade, hoje chamada de FAFS, e hoje quando cheguei os alunos já vinham me perguntar porque não apareci no dia anterior. São essas coisas que nos motivas a prestar esse serviço, é pelos alunos, pelas amizades ao longo desses 33 anos de trabalho . Se eu parar não tem outro para fazer meu serviço aí fico aqui”, disse.
Enquanto conversávamos, sua esposa Dª Maria das Mercedes continuava a atender a clientela. Perguntei a ‘Seu Vilela’ se não se sentia cansado e que é sempre que sua esposa o ajudava? “Estamos cansados, mas não posso deixar os alunos, antes eu sempre trabalhava sozinho agora ela sempre me ajuda, enquanto vou fazendo a pipoca ela vai atendo, depois de feita eu descanso e ela toma de conta do carrinho”, brincou.
Além de vender pipoca na faculdade ‘Seu Vilela’ costuma atender aniversários, datas comemorativas, promoções e inaugurações de lojas. Atualmente ‘Seu Vilela’ mora com a esposa o filho caçula, possui 14 netos e 2 bisnetos.
Ao final da conversa ‘Seu Vilela’ fez questão de agradecer imensamente pela doação do carrinho e ainda lembrou. “Meu primeiro carrinho hora recém encostado vai continuar em casa, vou fazer uma cobertura para guardá-lo, não dou, não vendo, não troco e muito menos empresto, eu ganhei boa parte de minha vida com ele”.