Advogados que atendem causas trabalhistas em Campo Grande reclamam que, com a greve, a agência da Caixa Econômica Federal localizada no Tribunal Regional do Trabalho não está permitindo saques de valores ligados às ações dos trabalhadores.

Um dos advogados conta que tem clientes passando inclusive por dificuldades para se alimentar, porque não conseguem sacar o dinheiro de indenizações trabalhistas já ganhas na Justiça.

O problema é que o dinheiro depositado em uma conta vinculada ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) só pode ser sacado em uma agência do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal que fica no prédio do órgão.

Conforme o advogado, desde o dia 16 de setembro seus clientes aguardam para poder sacar o dinheiro, que só pode ser retirado na boca do caixa na própria agência. Com a greve dos bancários, os saques na boca dos caixas estão prejudicados.

Segundo o profissional, a situação desrespeita o Código de Defesa do Consumidor, que garante pelo menos 10% dos serviços aos consumidores em casos de paralisação.

Para ele os serviços de contingências tem que ser mantidos e resolvidos pelo banco. “Meus clientes estão passando necessidades porque não conseguem receber o dinheiro, na semana passada tirei R$ 20,00 do meu bolso para alimentação deles. Eles passando dificuldades sendo que tem dinheiro para receber”, desabafa.

Para a presidente do sindicato dos bancários de Campo Grande, Iaci Azamor, nesse caso de serviços de contingência, que não podem ser resolvidos no caixa eletrônico, é preciso entrar em contato com a Superintendência da Caixa Econômica Federal e pedir uma solução para o problema.

Caso o problema não seja resolvido a pessoa tem que fazer uma reclamação no Procon e uma no Banco Central. A assessoria da CEF foi procurada e informou que até o final da manhã daria uma resposta do caso.