| 12 de setembro de 2013 - 08:44

Bancários fazem assembleia hoje, às 18h, para deliberar sobre greve a partir do dia 19

Os bancários da base do Sindicato de Dourados e Região se reúnem em assembleia, hoje, às 18h, na sede da entidade, à Rua Olinda Pires de Almeida, 2450 em Dourados, para avaliar a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Já rejeitada pelo Comando Nacional da Categoria na mesa de negociação.

Segundo Janes Estigarribia, presidente do sindicato, “A orientação do Comando é pela rejeição do oferecido nas assembleias que acontecem nesta quinta em todo o País e decretar greve por tempo indeterminado a partir das 0h do próximo dia 19”

Ainda segundo Janes, “A proposta dos banqueiros está muito aquém das reivindicações dos bancários, por isso é fundamental que a categoria participe da assembeia e se mantenha mobilizada”.

“No processo negocial, a Fenaban optou mais uma vez pela intransigência e tratou com descaso as nossas reivindicações. Foram quatro rodadas, mas em todas os banqueiros fizeram pouco caso dos trabalhadores, postura que reforça a falta de compromisso do setor mais lucrativo da economia com o desenvolvimento nacional”. Finaliza Estigarribia.

Setor bancário é o mais lucrativo do país

O setor bancário é o mais turbinado da economia nacional. No segundo trimestre deste ano, a lucratividade das organizações financeiras chegou a marca dos R$ 17,1 bilhões, expansão de 46,6% em relação ao mesmo período de 2012, quando alcançou R$ 11,69 bilhões.

O crescimento é extraordinário se comparado ao resultado geral. O lucro acumulado das 316 empresas de capital aberto foi de R$ 28,86 bilhões, alta de 18,4%.

 O setor de petróleo de gás, um dos que mais movimentam dinheiro no mundo, é o segundo da lista. Entre abril e junho, o ganho líquido foi de R$ 6 bilhões. A diferença entre a lucratividade dos dois setores é de R$ 11,1 bilhões.

O desempenho do sistema financeiro também ultrapassa o das empresas de energia elétrica que, no segundo trimestre, registraram lucro líquido de R$ 2,3 bilhões.

 Os dados mostram que, mesmo com o crescimento tímido da economia, os bancos continuam a lucrar alto. Dinheiro garantido através da exploração dos funcionários e dos consumidores, que pagam as maiores taxas de juros do mundo.