Terra | 6 de setembro de 2013 - 11:00

No Paraná policiais fazem paralisação contra assassinato de superintendente

Os policiais civis do Paraná paralisaram as atividades nesta sexta-feira, em um movimento de protesto contra o assassinato do superintendente da Delegacia de Campo Largo (PR), Marcos Antônio Gogola. O Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol) convocou a paralisação para reclamar ao governo sobre o desvio de função de policiais que precisam realizar atividades que deveriam ser atribuídas a agentes carcerários. Gogola foi morto na manhã de quinta-feira, enquanto escoltava um preso para uma consulta com dentista.

"A nossa reivindicação já é uma pauta conhecida do governo, nós já nos pronunciamos que não é atribuição da polícia judiciária cuidar de presos, fazer a custódia de presos", afirmou o diretor do Sinclapol, Evandro dos Santos Baroto. "Isso é uma continuação do problema que se deu na delegacia de Pinhais, no Paraná, na qual dois policiais foram gravemente feridos", afirmou Baroto, em referência a outro incidente que ocorreu quando agentes escoltavam detentos.

Os sindicalistas alegam que o governo não dá atenção às reclamações da categoria. "Nós não fomos ouvidos por parte do governo e das instituições responsáveis, que seria a Secretaria de Justiça", disse o diretor sindical. "Eles não têm condições de atender essa demanda, mas se nós ficarmos aguardando que o governo, de quatro em quatro anos, atenda uma reivindicação, nós vamos continuar tendo policial morto", afirmou Baroto.

A paralisação deve se estender até a meia-noite de hoje. "Lógico, vai ser uma paralisação com bom senso. Em casos excepcionais nós vamos atender, não há dúvida. A população não pode pagar o preço do não cumprimento das leis por parte do Estado", disse o diretor do sindicato.