Após entrada de recurso estrangeiro, dólar recua e fecha a R$ 2,36
O dólar comercial operou em alta ao longo do dia, mas fechou em queda pelo segundo dia seguido nesta terça-feira (3). A moeda norte-americana perdeu 0,58%, a R$ 2,36 na venda.
"(Houve) um fluxo de entrada (de dólares) bastante importante relacionado a uma operação corporativa", afirmou o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank, Jankiel Santos, à agência de notícias Reuters.
A operação de uma empresa foi confirmada por um operador de banco estrangeiro, citando que investidores do exterior também aproveitaram a cotação mais alta para entrar no mercado nesta terça.
"Estrangeiros compraram títulos públicos e houve uma entrada de uma empresa, o que motivou a queda", disse o operador, que pediu anonimato.
Com mais dólares em circulação no mercado, a tendência é que o preço da moeda caia, pela lei da oferta e procura.
O movimento aconteceu pouco antes de o Banco Central anunciar para quarta-feira mais um leilão de swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares--, em operação prevista por seu cronograma de intervenções diárias.
O BC ofertará, entre as 9h30 e as 9h40, 10 mil contratos com vencimento em 2 de dezembro de 2013, divulgando o resultado a partir das 9h50.
IntervençãoNesta terça, o Banco Central realizou mais um leilão equivalente à venda de dólares no futuro, que faz parte de seu plano de intervenções diárias no mercado de câmbio.
Foram vendidos os 10 mil contratos ofertados, com vencimento em 2 de dezembro de 2013.
Os leilões que estão sendo realizados diariamente pelo Banco Central fazem parte de um plano de intervenção contínua, anunciado pelo BC em agosto.
Além deles, o BC anunciou ainda que fará nos dias 16, 17 e 18 de setembro leilões de rolagem de 135.300 contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda de dólares no futuro) com vencimento em 1º de outubro.
Esse cronograma coincide com as datas da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, marcada para 17 e 18 de setembro e na qual investidores acreditam que o banco central dos EUA poderá decidir reduzir suas compras mensais de títulos.