Remédio contamina hemofílicos com aids e hepatite
Conforme o jornal Tribuna da Bahia, a Associação Baiana de Hemofilia convocou todos os hemofílicos do Estado para chegarem a um acordo sobre as indenizações. Duas reuniões sobre o assunto foram marcadas para hoje e amanhã para discutir questões relativas à indenização com os laboratórios envolvidos.
"Na reunião, as pessoas receberão mais informações sobre a ação que está sendo movida na Corte de Chicago, em Ilinois, EUA. Por enquanto não temos previsão de valores", explicou ao jornal o presidente da Associação, Antonio Justino.
Ele afirma que o FDA, órgão que fiscaliza a venda de alimentos e medicamentos, proibiu a comercialização destes produtos nos EUA após constatar a presença do vírus da hepatite e da aids. "Eles mantiveram sigilo e os laboratórios Bayer, Baxter, Armour Farmacêutica e Alpha Terapeutic jogaram este lixo no mercado latino americano, ao invés de queimá-los", desabafou.
O escritório de advocacia americano que representa os direitos dos brasileiros e dos outros hemofílicos da América Latina é o Sheldon J. Schlesinger P.A., que está sendo feito um levantamento das pessoas que tiveram acesso ao medicamento contaminado. O prazo final para apresentação em juízo na corte americana é 17 de agosto. Os advogados alegarão genocídio em massa já que o caso além de grave é hediondo.
A Organização Mundial da Saúde informa que o número aceitável para a hemofilia é que haja 1 doente para cada 10 mil habitantes. Todos os brasileiros que tomaram este medicamento devem procurar informações.
Terra Redação