31 de dezembro de 2004 - 10:45

São Silvestre fecha ano esportivo nesta sexta-feira

 

Com mais de 15 mil inscritos, a 80ª edição da tradicional corrida de rua São Silvestre começa às 14 horas desta sexta-feira em São Paulo. Primeiro largam os deficientes físicos. Às 14h15m, saem as mulheres. A prova masculina tem início às 16 horas..

A maioria dos participantes é de homens, 12.983, entre 30 e 40 anos, 2.021, sobretudo de São Paulo, 11.218. Há os que se destacam pela idade avançada, como os seis octogenários, sendo quatro no masculino e dois no feminino. E também existem os que percorreram longa distância para participar da prova, como os 63 atletas internacionais, sem contar os da elite, vindos até da Coréia do Sul e Malásia. Do Brasil, só não disputam representantes do Amapá.

Apesar de serem maioria, os anônimos despertam atenção apenas por alguns segundos nas ruas de São Paulo. O interesse do público vai se voltar mesmo para a disputa entre quenianos e brasileiros. A principal esperança nacional está no fôlego de Rômulo Wagner da Silva. Vice-campeão da prova no ano passado, tenta manter no país o título conquistado em 2003 por Marilson Gomes e encerrar com vitória o ano esportivo verde-amarelo em que Vanderlei Cordeiro de Lima foi o grande destaque, ao conquistar a inédita medalha olímpica na maratona, nos Jogos de Atenas, ganhando o bronze.

- Sem dúvida minha responsabilidade aumentou, não só pelo vice do ano passado, mas também pelas ausências do campeão Marilson Gomes e do Vanderlei Cordeiro de Lima - reconheceu Rômulo Wagner da Silva, atleta do Cruzeiro que representou o Brasil na maratona das Olimpíadas de Atenas. - Mas tenho de me acostumar com isso. Para este ano procurei fazer uma preparação mais forte do que em 2003, inclusive treinando na altitude de Paipa, na Colômbia. O segundo lugar trouxe confiança para eu conseguir a vitória inédita - completou.

Os quenianos confiam principalmente em Robert Cheruyot, vencedor da São Silvestre em 2002, e Lydia Cheromei, bi em 1999 e 2000. O terceiro campeão da prova presente nas ruas paulistas neste ano é a brasileira Maria Zeferina Baldaia, correndo para recuperar a taça feminina.

- Treinei praticamente o ano inteiro para a São Silvestre e estou bastante confiante. Lembro de todos os momentos da prova que venci em 2001 e é um sonho sentir toda aquela emoção novamente. Vencer a São Silvestre é sinônimo de reconhecimento, patrocinadores e prestígio - disse Maria Zeferina Baldaio.

 

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