O Grupo Margen demitiu hoje os três mil funcionários que a empresa tem nas unidades de Batayporã, Coxim, Paranaíba, Três Lagoas e Naviraí como retaliação à operação deflagrada pela Polícia Federal que prendeu os diretores da empresa acusados de crimes de formação de quadrilha, lavagem de ativos, sonegação fiscal e de contribuições previdenciárias. Segundo o advogado Ney Moura Teles, que representa o grupo, a empresa acumula dívida de R$ 145 milhões com a Receita Federal e Previdência Social e, com a prisão dos diretores, foi impossível a manutenção das atividades.

Na unidade de Três Lagoas os cerca de 500 funcionários foram demitidos hoje pela manhã depois de quase um mês recebendo sem trabalhar, porque as atividades no frigorífico estavam paralisadas. Somente os cerca de 20 funcionários que trabalham na parte administrativa devem continuar trabalhando por um período indeterminado, até que todos os acertos de paralisação sejam feitos, sendo que o sindicato dos trabalhadores esteve presente no local para orientar os funcionários sobre férias, 40% do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e 13º salário.

O grupo também está demitindo em massa os sete mil funcionários das unidades de Mato Grosso, Goiás, Rondônia, Acre, Tocantins, São Paulo e Paraná. A suspensão das atividades no mercado interno e de exportação vão significar uma perda de 10% no faturamento estimado em pelo menos R$ 2,3 bilhões. O montante angariado com vendas externas previsto para 2004 era de US$ 100 milhões que também terá quebra no índice estimado.

Mídia Max News