27 de dezembro de 2004 - 16:21

Primeira etapa recolheu mais de 245 mil armas recolhidas

A Campanha do Desarmamento recolheu 248.713 armas em seis meses. O número é três vezes superior à meta inicial de 80 mil armas. No dia 18 de dezembro, o governo publicou a medida provisória que prorrogava o prazo campanha até 23 de junho.

A ampliação do prazo da Campanha do Desarmamento levou o diretor-executivo do Movimento Viva Rio, Rubem César Fernandes, a lançar o desafio de recolher um milhão de armas até junho do próximo ano.

Em seis meses de campanha, este ano, foram entregues 248.713 armas ao governo. Em números absolutos, o estado que mais recolheu armas foi São Paulo (76.834), seguido pelo Rio de Janeiro (26.444), Paraná (23.120), Minas Gerais (21.000), Rio Grande do Sul (17.693) e Pernambuco (14.102). Se o critério for o índice de entrega de armas por 100 mil habitantes, Sergipe foi o maior destaque com 372,6 armas, seguido do Distrito Federal (236,1), Paraná (232,2), São Paulo (199,8), Rio de Janeiro (178,5) e Mato Grosso do Sul (176,3).

Para o diretor-executivo do Viva Rio, a ampliação da campanha vai permitir o aumento no número de postos de recolhimento, facilitando inclusive a segurança de quem decide entregar as armas. "Não precisa pegar um ônibus com a arma na bolsa para chegar a um posto policial e ainda correndo o risco de ser assaltado e perder a arma. Quando o posto fica perto de casa a pessoa se sente mais segura", disse.

O diretor-executivo do Movimento Sou da Paz, de São Paulo, Denis Mizne concorda com o diretor do Viva Rio. Ele acrescentou que com uma maior organização, incluindo a entrada de igrejas e entidades de bairro na campanha, o resultado será superior ao atingido nos primeiros seis meses. "É isso que faz chegar à conscientização sobre o desarmamento na casa de cada uma das pessoas. Conforme são criados os postos mais perto de casa os resultados aparecem porque as pessoas têm mais facilidade e mais motivos para entregar", afirmou.

O coordenador da Campanha do Desarmamento do Viva Rio, Antônio Rangel, informou que no prosseguimento do recolhimento de armas será resolvido um problema da primeira fase que eram a divulgação e a conscientização da necessidade de se reduzir o número de armas nas mãos da população. Em janeiro serão veiculados três filmes em emissoras de televisão com o áudio divulgado nas emissoras de rádio. O material foi feito gratuitamente por atores e por uma agência de publicidade.
 
 
Agência Brasil