23 de dezembro de 2004 - 16:55

Arroba do boi gordo reage e termina semana mais firme

O mercado físico de boi termina a semana do Natal um pouco mais positivo. O fluxo das ofertas caiu e a maioria dos frigoríficos voltou a pagar R$ 62 para descontar o Funrural à prazo para conseguir animais no interior paulista.

As escalas estão prontas, na média, em uma semana. Com o mercado interno bem abastecido de carne, os abates seguem lentos e alguns frigoríficos até deixaram de operar.

Ontem, a Secretaria de Agricultura do Mato Grosso do Sul divulgou a suspeita de ocorrência de aftosa em animais de uma fazenda na divisa de Paranhos com o Paraguai. Como os animais haviam sido vacinados recentemente e não apresentam nenhuma sintomatologia aparente, a probabilidade é de que a suspeita não se torne realidade.

Isto fez com que o mercado não reagisse negativamente a notícia. Porém, é importante lembrar que, além da suspeita de aftosa, esses animais podem ter chegado ao país de forma ilegal, de contrabando, segundo informação do próprio secretário de Agricultura do MS, Dagoberto Nogueira Filho. Se estes animais tiverem sido contrabandeados, serão abatidos independente de terem ou não aftosa.

Mesmo com a vigilância redobrada na fronteira de Mato Grosso do Sul e Paraguai, o contrabando de bois ainda é uma realidade e deve ser combatida mais seriamente pelo governo federal. Principalmente de um país com o histórico de aftosa do Paraguai.

No atacado, a maior oferta de carne bovina acabou por pressionar os preços e o traseiro cedeu para R$ 4,75 por arroba. Mesmo com o maior consumo existente nesta época do ano, o fato de um volume expressivo de carne ter sido desviado do mercado externo para o interno começa pesar nos preços. O dianteiro continua estável a R$ 2,80.
 
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