Um quarteto, que poderá ser formado nos próximos dias, tem tudo para ser a sensação do Corinthians na próxima temporada. E a do futebol brasileiro também.

 

Ao lado de Tevez e Gil, já confirmados para 2005, o centroavante Luizão (que negocia uma pendência jurídica com o clube) e o meia-esquerda Felipe (em negociação) poderão formar um dos ataques mais poderosos do País.

Mas, se confirmada a contratação de Luizão e Felipe, o treinador corintiano terá de se desdobrar para colocar os quatro juntos no time titular.

Felipe é meia e joga pelo lado esquerdo, mesmo setor em que Gil sempre atuou pelo Corinthians, desde que surgiu em 2001. Além disso, Tevez também gosta de atuar pela meia-esquerda, o que embolaria ainda mais o setor.

Quando surgiu a notícia de que Motta, ex-Cruzeiro, poderia reforçar o Corinthians, o diretor de futebol do clube, Paulo Angioni, já alertava para essa dificuldade tática. De acordo com o dirigente corintiano, seriam muitos homens para pouco campo.

Além de conseguir encaixar o quarteto num curto espaço, outro problema tático poderá atrapalhar a equipe: a falta de marcação.

Mesmo resguardada por dois homens mais defensivos, que hoje são Fabinho e Wendel, a equipe corintiana estaria sempre muito exposta, principalmente, quando contra-atacada.

No Campeonato Brasileiro deste ano, isso jamais aconteceu. Sempre bastante preocupado com o setor defensivo, o técnico Tite jamais deixou sua equipe exposta.

Os meias da equipe eram Fábio Baiano e Rosinei - e às vezes o próprio atacante Gil -, que além de ajudar na criação, eram obrigados a colaborar com a defesa alvinegra.